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Investigação de fraude em merenda cita deputados e ex-assessor do governo de SP

A investigação de um esquema de fraude na compra de merenda escolar por prefeituras de pelo menos 22 cidades de São Paulo envolve acusações contra quatro deputados e o ex-chefe de gabinetes da Casa Civil do governo de São Paulo. A operação da Polícia Civil, batizada de Alba Branca, foi deflagrada na terça-feira e resultou na prisão de […]

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 23h40 - Publicado em 21 jan 2016, 22h50
Dinheiro apreendido em sede da cooperativa investigada

Dinheiro apreendido em sede da cooperativa investigada

A investigação de um esquema de fraude na compra de merenda escolar por prefeituras de pelo menos 22 cidades de São Paulo envolve acusações contra quatro deputados e o ex-chefe de gabinetes da Casa Civil do governo de São Paulo.

A operação da Polícia Civil, batizada de Alba Branca, foi deflagrada na terça-feira e resultou na prisão de seis pessoas, acusadas de fraudes (sobrepreço ou dispensa de licitação) em contratos para o fornecimento de merenda em troca de pagamento de propina para agentes públicos.

Interceptações telefônicas dos integrantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), de Bebedouro, que comandava o esquema, e depoimentos dos presos citam o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).

Também é citado o ex-chefe de gabinete da Casa Civil paulista Luiz Roberto dos Santos, o “Moita”, demitido na segunda-feira, que aparece diretamente nos grampos telefônicos conversando com membros da quadrilha e pedindo dinheiro e eletrodomésticos aos investigados.

 

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A Casa Civil informou que foi aberto inquérito administrativo para apurar a conduta do ex-assessor.

Há várias citações nos grampos ao presidente do PMDB paulista, deputado federal Baleia Rossi. Os grampeados mencionam, inclusive, entrega de dinheiro em seu escritório político, em Ribeirão Preto. Baleia foi procurado pela coluna, mas não foi localizado.

O nome do presidente da Assembleia, Fernando Capez, não aparece nos grampos, mas foi citado nos depoimentos dos presos. Nas interceptações, os investigados conversam com um assessor (Luiz Carlos Gutierrez, o Licá) e um ex-assessor (Jeter Rodrigues Pereira) do tucano.

Nas conversas, eles mencionam o “nosso amigo”, que atuaria para facilitar o esquema. Nos depoimentos, os investigados dizem que o “nosso amigo” era Capez.

O presidente da Assembleia negou qualquer participação no esquema e disse que irá “até o fim” para provar que não tem nada com isso. “Quem se envolve com desvio de merenda escolar tem de ir para a cadeia e não sair nunca mais”, disse ele ao Radar na noite de quinta-feira.

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Capez afirmou que demitiu Jeter por usar seu nome indevidamente para tentar negociar a nomeação de delegados. Ele atuava juntamente com o lobista Leonel Julio, ex-deputado, também investigado no esquema da merenda.

“Nunca ouvi falar disso. Levei 30 anos para construir meu nome e não vou deixar que nenhum vagabundo o destrua. Não tenho absolutamente nada a ver com isso e vou até o fim para provar isso”, afirmou o tucano.

Ele disse que ficou sabendo da menção a seu nome por membros da quadrilha investigada por meio da imprensa e que a partir desta sexta já adotará medidas cabíveis contra os que o citaram.

O esquema atuava em pelo menos 22 cidades, como Bebedouro, São Bernardo, Campinas, Araras, Barueri, Americana, Mogi das Cruzes, Bauru, Sumaré e Cotia. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nessas prefeituras para verificar a extensão da fraude.

 

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