Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Abelhas são mais parecidas com os humanos do que se imagina

Por Por Kerry Sheridan
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h43 - Publicado em 9 mar 2012, 12h09

Algumas abelhas gostam de aventura e outras preferem ficar na colmeia: segundo uma nova análise do cérebro destes insetos, algumas substâncias químicas que também afetam a personalidade humana podem explicar esta diferença.

As abelhas são conhecidas por ter uma sociedade estruturada com distintas funções para cada grupo: algumas trabalham como enfermeiras, outras buscam alimento, por exemplo.

Mas dentro destas funções, cientistas descobriram que as abelhas também têm personalidades distintas, segundo um estudo da revista Science que examinou a diferença entre as abelhas exploradoras que buscam comida e as que não.

“Existe uma regra de ouro para a investigação sobre a personalidade que diz que se alguém mostra a mesma tendência em diferentes contextos, isto pode ser chamado de traço de personalidade”, disse o coordenador do estudo, Gene Robinson, professor de Entomologia e Neurociência da Universidade de Illinois (norte).

Os cientistas diferenciaram dois grupos de abelhas com a instalação de potes com comida nova com aromas e cores únicas, que mudavam todos os dias, e observaram quais abelhas buscavam experimentar novos sabores e quais preferiam os já conhecidos.

Continua após a publicidade

Quando examinaram os cérebros das abelhas aventureiras, eles encontraram diferenças na expressão genética relacionadas com a mesma cadeia molecular que regula a busca de novidades nos mamíferos e humanos.

Estes químicos do cérebro, a catecolamina, o glutamato e o ácido gama-aminobutírico, são conhecidos para influenciar o nível de recompensa que a pessoa sente ao buscar novas experiências.

“Nossos resultados nos dizem que a busca por novidades nos humanos e outros vertebrados têm paralelismos com os insetos”, afirmou Robinson.

“Podemos notar as mesmas diferenças de comportamento e as mesmas bases moleculares”, completou.

Continua após a publicidade

O estudo também sugere que o mesmo tipo de ferramentas genéticas evoluíram nas abelhas, animais e humanos, e que aventurar-se era uma característica que valia a pena conservar porque podia ajudar as espécies a encontrar novas fontes de comida.

“Parece que os mesmos canais moleculares estiveram envolvidos repetidamente na evolução para dar lugar às diferenças individuais na busca por novidade”, disse Robinson.

O estudo foi financiado pela Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos (NSF), os Institutos Nacionais da Saúde (NIH) e pela Illinois Sociogenomics Initiative (SGI).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.