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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Vereador do interior envia moção de ‘Pelo amor de Deus’ a Alckmin
Presidente da Câmara de Barra Bonita (SP) pede que o governador enfim colabore com a obra de pavimentação de uma estrada do município
O vereador Niles Zambelo Júnior (PMDB), presidente da Câmara Municipal de Barra Bonita (SP), município com 36.000 habitantes a 300 quilômetros de São Paulo, decidiu apelar aos sentimentos do governador Geraldo Alckmin para ver concluída a obra de uma estrada que passa pela cidade.
Com as idas e vindas na pavimentação da estrada do Baixão de Serra desde os governos de Paulo Maluf e José Maria Marin, na década de 1970, passando pelo de Franco Montoro, nos anos 1980, Zambelo Júnior endereçou ao tucano, além de deputados e senadores, uma inovadora moção de “Pelo Amor de Deus”, em que pede ajuda.
“Nós somos um povo pobre, caipira, jacu, muitas vezes menosprezados, abandonados, jogados às traças, mas somos um povo guerreiro, trabalhador e que tem FÉ, e com a força de Deus e a vontade dos homens, conseguiremos alcançar este objetivo. Pelo Amor de Deus, nos ajudem”, apela o texto, que cita os prejuízos causados ao município pelas más condições da estrada.
Apesar do pedido encarecido, o vereador não perdeu a oportunidade de ironizar no documento o codinome de “Santo” dado pela empreiteira Odebrecht ao governador paulista. “Dr. Geraldo, pela sua experiência como, médico, vereador, prefeito e governador, militante da política há mais de 45 anos, homem honrado, trabalhador e bom pai de família, tanto é verdade que poderíamos chamá-lo até pelo codinome de ‘Santo’”, provoca o texto.
Por meio de nota, o governo de São Paulo afirma que “a manutenção das vicinais é uma responsabilidade municipal e busca dar apoio às necessidades da população. É necessário a especificação do projeto pela Câmara dos Vereadores, com valores e orçamento. Desta forma, o Governo avaliará o atendimento a depender de disponibilidade orçamentária”.
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