Abin ‘socorre’ inteligência paraguaia
Brasil instala agente e auxilia a montagem da estrutura de inteligência do Paraguai, rota do narcotráfico sul-americano
O Brasil auxilia desde o fim do ano passado a montagem da estrutura de inteligência do Paraguai, rota de tráfico internacional de armas e drogas e um dos países onde mais se produz maconha na América do Sul. Um oficial de inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) trabalha na capital Assunção, a pedido do governo paraguaio. O país tem sido um dos que mantêm conversas mais afinadas com o Brasil para o enfrentamento do narcotráfico. Desde o governo Lula, o Brasil tentava, sem sucesso, instalar um agente em Assunção – mas o pedido sempre fora ignorado. O memorando para implantação de um sistema de inteligência foi assinado em novembro entre autoridades dos dois países. Até maio do ano passado, o Brasil só tinha adidos civis da Abin em Bogotá (Colômbia), Caracas (Venezuela) e Buenos Aires (Argentina). Além de Assunção, agora há adidos em Paris (França), centro de monitoramento do terrorismo na Europa, e Washington (Estados Unidos), capital mundial das atividades de inteligência. Em breve, a agência abrirá uma representação na África do Sul e ainda negocia com os governos do Peru e Bolívia, dois dos principais produtores de cocaína no continente.