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O que é o testamento vital?

O testamento vital busca assegurar dignidade, qualidade, significado e valor da vida diante de uma situação de doença grave que o paciente não pode decidir

Por Ana Claudia Arantes
Atualizado em 1 set 2017, 17h01 - Publicado em 1 set 2017, 12h00

Suponha que você tenha uma doença que pode tirar a sua capacidade de tomar decisões? Apesar de ser muito difícil pensar nisso, saiba que esta situação é a que mais causa sofrimento para famílias que enfrentam o adoecimento de uma pessoa muito amada. E a que mais causa conflitos entre médicos e familiares quando se discute a questão: “o que vamos fazer agora que a doença não tem cura ou controle?” Aí é o momento em que muitos se perguntam: – mas o que essa pessoa que eu amo tanto gostaria que fosse feito? E não saber a resposta é extremamente angustiante.

O que é testamento vital?

Existe um documento que contém as suas diretrizes antecipadas de vontade sobre cuidados à vida numa situação em que você não tem condições de tomar as próprias decisões ou expressar a sua vontade. O nome dele é testamento vital e tem como objetivo assegurar a dignidade, qualidade, significado e valor da vida diante de uma situação de doença grave, incurável, fora de possibilidade de tratamento de cura ou de prolongamento da vida, assegurando cuidados de conforto durante o tempo de vida até que chegue o momento da morte digna, sob a perspectiva do próprio paciente.

Elas servem para auxiliar a sua família e seu médico a tomarem decisões de cuidados com a sua vida que permitam respeitar o que você considera de maior valor na sua existência. Embora pouco se fale sobre isto, a elaboração e o registro do testamento vital são recomendados pelo nosso Conselho Federal de Medicina e tem pleno suporte legal no nosso país. Não é escolha por eutanásia ou suicídio, e sim um caminho de dignidade e respeito às leis naturais da vida.

Você pode fazer um testamento vital em qualquer momento, mesmo que você não esteja doente. E pode mudar seu conteúdo a qualquer tempo. Em situações de diagnóstico de uma doença grave, que ameaça a continuidade da sua vida, é importante que se pense o que tem valor para você neste momento delicado e o que você deseja fazer com seu tempo de vida. A vida é sua e não da doença que você tem.

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Por que é importante?

A maioria das pessoas prefere pensar que tudo vai dar certo, mas, preciso lembrar todo mundo que mesmo que dê certo qualquer coisa na sua vida, no final dela você morre. E até que a morte chegue, não deixar claro o que você deseja pode te levar a um lugar muito sofrido, preenchido por procedimentos e tratamentos que são verdadeiras torturas e que jamais poderão trazer você de volta a uma vida que considere digna de ser chamada de vida. E o pior, é que mesmo fazendo todo tipo de intervenção, no final, você morre do mesmo jeito. Mas morre sofrendo muito, com sua família sofrendo mais ainda.

Pensar sobre isso pode te preocupar, pode te amedrontar, mas, no final da conversa, com o documento na mão, a única coisa que você vai sentir é paz. E vai poder viver nessa paz, sabendo que sua vontade terá mais chance de ser respeitada se você deixar claro o que deseja.

 

(Ricardo Matsukawa/VEJA)

 

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