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A nova epidemia da aids

A disseminação da doença é alarmante em alguns continentes, como parte da África, Ásia, Europa, América Latina e Caribe

Por David Uip
15 ago 2017, 15h44

A aids foi reconhecida entre homossexuais masculinos nos Estados Unidos, em 1981. Após três décadas, tornou-se a pior epidemia do século XX, matando mais de 35 milhões de pessoas. Estudos moleculares filogenéticos indicam que o HIV estava presente na África, em populações localizadas, desde o início de 1900.

O otimismo inicial que se seguiu após a descoberta do HIV, o desenvolvimento de testes diagnósticos, a profilaxia das infecções oportunísticas, a identificação da eficácia das drogas antivirais e a prevenção da transmissão materno-fetal têm-se contraposto à magnitude da pandemia mundial. A disseminação continuada em novas áreas e a consolidação em vários outros locais culminam em um cenário desalentador.

A disseminação da doença é alarmante em alguns continentes, especialmente na África Sub-Sahariana, no sudeste da Ásia e continua expressiva no leste da Europa, América Latina e Caribe.

No final de 2015, as estatísticas relatadas eram as seguintes:

  •  36,7 milhões de crianças e adultos vivendo com HIV/aids
  • 2,1 milhões novos infectados em 2015
  • 1,1 milhão de mortos em 2015
  • 3,3 milhões de crianças vivendo com HIV/aids

Na América Latina estima-se que 2 milhões de pessoas estejam contaminadas, dessas, 3/4 estão no Brasil, Colômbia, México e Venezuela. Na Jamaica, avalia-se que 30% dos homens que fazem sexo com homens estejam infectados.

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Transmissão

As principais formas de transmissão são a sexual, a parenteral, especialmente, em usuários de drogas ilícitas, e a perinatal. Em alguns lugares do mundo, a despeito do acesso ao diagnóstico e a medicamentos, cada vez mais efetivos, a população de homens que fazem sexo com homens é 19 vezes mais infectada, quando comparada a outros grupos de pacientes contaminados pelo HIV. Nos EUA, 68% dos novos casos encontram-se nessa condição.

Terapia antirretroviral

A introdução da terapia antirretroviral impactou na epidemiologia do HIV, não só no aumento e na melhor qualidade de vida, como na diminuição da transmissão, pela menor circulação do vírus, evitando novas contaminações. Até o final de 2015, o tratamento beneficiou mais de 17 milhões de pessoas em todo o mundo.

Desafios

Mas, os desafios ainda são inúmeros, alguns transformando-se em metas até 2020, segundo os órgãos mundiais de saúde. Os três principais são:

  • 90% das pessoas vivendo com HIV conhecerão sua condição de soro-positivos
  • 90% das pessoas diagnosticadas receberão terapêutica antirretroviral
  • 90% das pessoas recebendo a terapêutica antirretroviral terão supressão viral

Na verdade, o que pesquisadores, profissionais da saúde e pacientes anseiam é a incorporação de uma vacina, a prevenção e a descoberta de novos medicamentos mais eficazes, com menos efeitos adversos, para todos.

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(Lailson Santos/VEJA)

 

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