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Por Coluna
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“O Novato” e “Melhores Amigos”

Os sofrimentos terríveis e as maravilhas inexplicáveis de ter 13 anos

Por Isabela Boscov Atualizado em 4 Maio 2017, 15h07 - Publicado em 3 Maio 2017, 17h31

O francês O Novato e o americano Melhores Amigos não poderiam ser mais diferentes. Em O Novato, que já está em cartaz no país, Benoît (Réphaël Ghrenassia) é o menino novo numa escola de Paris. Por ser tímido, atrai duas coisas que lhe parecem indesejáveis: a provocação dos garotos “populares” e a atenção de outros rejeitados. O esquisitão Joshua (Joshua Raccah), em particular, gruda em Benoît, que preferiria mil vezes passar seu tempo na companhia da lindinha Johanna (Johanna Lindstedt). Mas Johanna logo faz outros amigos e não precisa mais dele; só o que resta a Benoît são os “losers” como Joshua, Constantin (Guillaume Cloud-Roussel), cujo plano para sair do ostracismo, coitado, é montar um coral, e Aglaée (Géraldine Martineau), que tem algumas sequelas de paralisia cerebral mas faz cara de paisagem e finge não ter a menor ideia do que estão falando quando alguém menciona a palavra “deficiência”. Já a pegada de Melhores Amigos, que entra em cartaz nesta quinta-feira 4 de maio, é bem diversa. Jake (Theo Taplitz) é um garoto introspectivo e imaginativo que se muda com os pais para o predinho no Brooklyn herdado do avô. O térreo é alugado para Leonor, mãe de Tony (Michael Barbieri), que tem a mesma idade de Jake mas é aventureiro e independente. É amizade à primeira vista; Jake e Tony se tornam inseparáveis, e fazem muito bem um ao outro. Só que os pais de Jake começam a brigar com a mãe de Tony por causa do aluguel, e a coisa azeda. O que será feito da amizade dos dois?

“O Novato”
O Novato (Bonfilm/Divulgação)

O Novato é uma comédia adolescente muito engraçada e que tem o coração no lugar certo – “loser” é quem se preocupa em ser “popular” e atormentar os colegas que não estão por cima. Certos estão Benoît, Joshua, Constantin e Aglaée: primeiro por falta de opção e depois por escolha, eles se divertem muito mais juntos do que os seus colegas acometidos de ansiedade social. Melhores Amigos, por outro lado, é um desses dramas cômicos discretos do cinema independente americano, cheios de observação – sobre os mundos à parte em que crianças e adultos vivem, sobre como se divertem as crianças em Nova York, sobre diferenças sociais que todos fingem não existir mas emergem na hora “H”, sobre inveja e sobre condescendência. O centro dos dois filmes, porém, é o mesmo: a torrente de descoberta e transformação dos 13 anos, e a importância fundamental que as amizades fundadas na afinidade adquirem.

“Melhores Amigos”
Melhores Amigos (Alpha/Pandora/Divulgação)

É lógico que os 13 anos, aí, devem ser tomados de maneira simbólica. Algumas pessoas passam por isso aos 12, outras aos 14 ou aos 16 (ou, sei lá, aos 35). Mas quase ninguém escapa de passar por esse momento-chave – ainda bem, porque ele é uma espécie de parto de si mesmo. É aquela virada da vida em que damos à luz a pessoa que vamos ser. Dói bastante, mas vem com alegrias e deslumbramentos que dificilmente se tem a chance de experimentar com a mesma intensidade em outras idades. Isso os diretores Rudi Rosenberg e Ira Sachs entendem muito, muito bem. Cada um à sua maneira, fizeram filmes lindos.

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Trailers

O NOVATO
(Le Nouveau)
França, 2015
Direção: Rudi Rosenberg
Com Réphaël Ghrenassia, Joshua Raccah, Guillaume Cloud-Roussel, Géraldine Martineau, Johanna Lindstedt, Max Boublil, Eythan Chiche
Distribuição: Bonfilm
MELHORES AMIGOS
(Little Men)
Estados Unidos/Brasil/Grécia, 2016
Direção: Ira Sachs
Com Theo Taplitz, Michael Barbieri, Greg Kinnear, Jennifer Ehle, Paulina García, Alfred Molina, Talia Balsam
Distribuição: Alpha/Pandora

 

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