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Ministro lamenta “direcionamento político” em prova da UFRJ

Mendonça Filho, do MEC, diz ao blog que universidade "deve prezar pela verdade"

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 21h09 - Publicado em 7 dez 2016, 22h05

Questionei o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), sobre a prova petista da UFRJ, analisada originalmente neste blog e também comentada em nosso programa “Sem Edição”, da TVeja, durante o qual li uma parte de sua resposta em forma de nota oficial.

Ei-la na íntegra, com destaque para a frase menos diplomática. Comento em seguida.

“Sobre a prova do concurso público para a contratação de médicos [e outros servidores], realizada pela UFRJ no último final de semana, o ministro da Educação, Mendonça Filho, reitera o respeito à autonomia das universidades.

No entanto, lamenta que uma instituição pública de ensino superior com a importância e a credibilidade da UFRJ permita o direcionamento político em uma prova de ingresso de servidores públicos.

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O ministro entende que a universidade é um espaço de livre pensar, desenvolvimento da ciência, da produção de conhecimento crítico e amplo e, como tal, deve prezar pela verdade e respeitar o caráter plural de uma sociedade democrática como a brasileira.

O ministro destaca que a universidade é, também, um ambiente de prestação de serviços à sociedade, que é formada pela diversidade de pensamento e deve ter como princípio o respeito ao cidadão independente de condição social, cor ou crença ideológica ou religiosa.

Mendonça Filho defende que educação não deve estar subordinada à orientação político-ideológica de qualquer natureza. Assim como reafirma seu compromisso com a pluralidade de pensamento, o respeito às diferenças, o diálogo e a liberdade de pensamento.”

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A assessoria do ministro ainda alegou a este blog que a autonomia das universidades e institutos federais limita qualquer ação do MEC.

É uma forma de dizer que ele não pode fazer muito mais do que lamentar.

A sociedade, no entanto, pode e deve fazer. A imprensa, então, nem se fala. Literalmente.

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Repórteres de todos os jornais, em país culturalmente são, já teriam identificado e confrontado os membros da banca e entrevistado candidatos que se revoltaram com o mais rasteiro “direcionamento político”.

Emissoras de TV teriam material para um programa inteiro de domingo sobre a prova petista da UFRJ, a doutrinação no sistema de ensino, a aplicação da estratégia de Antonio Gramsci de “ocupação de espaços” nos centros disseminadores de ideia, o projeto Escola Sem Partido…

Isto se os veículos não estivessem, também, ocupados pela militância esquerdista, claro.

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Tudo que saiu até agora, para além deste blog, foi uma mísera notinha no jornal O Globo, três dias depois, focando unicamente na primeira questão, cujo texto chama o impeachment de Dilma Rousseff de “golpe”.

Ancelmo Gois limitou-se a dizer que “há controvérsias”. Mas não foi só isso. Foi a prova quase inteira. O caso é bem mais grave.

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O senso da moralidade comum desapareceu. Usar descaradamente uma prova de concurso público para propaganda política é falta de vergonha.

No Brasil, o povo cada vez mais se indigna com o desvio de dinheiro, o que é bom, mas não com o da cultura, o que é muito ruim.

O resultado é viver enxugando gelo sem desligar o freezer.

Felipe Moura Brasilhttps://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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