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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Doria cresce, Temer articula, Cabral delata

Veja os comentários de Felipe Moura Brasil

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 30 mar 2017, 10h43 - Publicado em 30 mar 2017, 10h27

As análises deste blog seguem antecipando informações, influenciando decisões e indicando os rumos das investigações neste país.

1) Doria

Escrevi em 15 de março:

“Presença na lista de Janot dos tucanos Geraldo Alckmin (que será investigado pelo STJ), Aécio Neves e José Serra, além de Aloysio Nunes e Bruno Araújo, é mais um motivo para a eventual candidatura de João Doria em 2018.”

Hoje, quinta-feira 30, a Folha publica:

“Dirigentes da sigla – entre eles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – trabalham com a hipótese de Doria como uma espécie de plano B para a corrida presidencial, caso sejam confirmados o conteúdo de depoimentos de ex-executivos da Odebrecht e seus impactos devastadores para o tucanato.”

Escrevi também:

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“Doria foi eleito prefeito de São Paulo com um discurso à direita do PSDB, impõe sua pauta em vez de reagir à do PT, confronta Lula como o velho tucanato jamais confrontou e tem o nome limpo na praça. É um combo eleitoral.”

A Folha continua:

“Na avaliação da cúpula do PSDB, a candidatura de Doria ganhará força se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for o nome do PT.

Doria, acreditam os tucanos, seria o único capaz de derrotar o petista. E teria mais força para fazer frente a candidaturas que fogem do político tradicional, como a de Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Em favor de Doria, a cúpula do PSDB avalia ainda que, por ser iniciante, seu nome não estará desgastado até 2018. Como não disputou eleições em um período em que as doações de empresas eram permitidas, tampouco estaria ‘contaminado’ por práticas como o caixa dois.”

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Ponderei ainda:

“Obstáculos para Doria, além do mandato recém-iniciado, são ambições presidenciais (e ciúmes) de Alckmin e Aécio, que preferem concorrer desgastados a abrir caminho para renovação do partido. Tucanismo sem fim.”

A Folha revela:

“Resistente à ideia, até um mês atrás, o próprio Aécio tem dado sinais de simpatia à candidatura do prefeito caso a sua não se viabilize.

Nesta hipótese, não estaria descartada a composição de uma chapa puro-sangue, com o senador Antonio Anastasia (MG) na vice de Doria. Aécio surgiria, então, como fiador dessa aliança.”

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Anastasia, como este blog tantas vezes destacou, teve brilhante atuação como relator da comissão de impeachment de Dilma Rousseff no Senado. Sereno e articulado, também rebate ataques melhor que a velha cúpula tucana.

“Ao grupo do mineiro interessa fortalecer o prefeito em uma disputa pela candidatura com Alckmin.

Dessa forma, o grupo evitaria um alijamento do poder caso o prefeito se torne mesmo o candidato do partido.

Também entre aliados do senador José Serra (SP) o nome de Doria desponta como favorito em um cenário em que as candidaturas dele e de Aécio fiquem inviabilizadas.”

Isto sem contar que nova pesquisa do Instituto Paraná aponta 70,3% de aprovação ao prefeito (sendo 75,4% entre jovens de 16 a 24 anos, em boa parte graças ao uso inteligente das redes sociais).

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Como ironizei na quarta:

“Te segura, Alckmin!”

2) Temer

Escrevi na terça-feira (28) o post:

“Temer conta com ex-advogado de campanha de Dilma [Admar Gonzaga] no TSE”.

Hoje, o Estadão publica:

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“Temer vai antecipar nomeação de Admar Gonzaga no TSE”.

“A estratégia do presidente, ao anunciar a escolha de Gonzaga para a cadeira de Neves antes do prazo, tem o objetivo de pôr fim a comentários de que ele só está indicando o jurista para protegê-lo da perda de mandato. Na avaliação da equipe de Temer, se Gonzaga for nomeado duas semanas após o início do julgamento, quando Neves deixará o TSE, haverá ainda mais interpretações de que ele foi posto ali para ‘salvar’ o presidente.”

De minha parte, afirmo: meus comentários só terão fim com provas em contrário.

O Estadão continua:

Adversários de Temer afirmam, nos bastidores, que Gonzaga já teria sido até escalado pelo Planalto para pedir vista do processo, o que significa mais tempo para análise, caso o ministro Napoleão Nunes não faça antes a solicitação. Segundo o Estado apurou, Nunes já sinalizou que deve pedir mais tempo de análise para se debruçar sobre o caso. Há uma ordem para a apresentação dos votos e ele é o segundo, logo após o relator.”

Nada impede que Gonzaga, depois, peça vista também e/ou vote para “salvar” o presidente.

Independentemente se isto é bom ou ruim para a situação atual do país, estamos de olho em todas as manobras.

3) Cabral e companhia

Tuitei na quarta-feira (29):

Hoje, o Valor Econômico publica:

“O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) está negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), apurou o Valor. Segundo fontes, a delação pode atingir integrantes do Judiciário e do próprio Ministério Público.”

“No caso de Cabral, as conversas estão na fase de elaboração de anexos, na qual o candidato a delator apresenta a procuradores os fatos que está disposto a entregar, divididos em capítulos. Cada capítulo – ou anexo, no termo técnico – traz um resumo das pessoas a serem delatadas e dos relatos que serão feitos.”

O Globo informa ainda:

“Entre as 17 pessoas levadas na quarta-feira, sob condução coercitiva, à Polícia Federal no Rio, estão o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), e o presidente da Federação das Empresas de Transportes (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira.

Picciani é suspeito de organizar o pagamento de propina pela Fetranspor ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), para favorecer o setor em atos de fiscalização do tribunal. Foram auditores do TCE os responsáveis pela descoberta dos créditos de R$ 90 milhões retidos pelas empresas. O processo é de 2014, mas até hoje não chegou ao plenário do órgão.”

Este blog, patrulhado há anos por poderosos políticos fluminenses, torce para que a parte podre dos tribunais do Rio passe por uma faxina, antes que as liberdades de expressão e crítica, assim como a responsabilidade com os gastos públicos, também sejam extintas no estado.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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