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Márcio França: Temer não tem legitimidade para propor as reformas

Entre outros temas, estiveram em debate as eleições de 2018 e a sucessão de Alckmin

Por Augusto Nunes Atualizado em 22 ago 2017, 17h59 - Publicado em 22 ago 2017, 17h30

O convidado do Roda Viva desta segunda-feira foi Márcio França, vice-governador de São Paulo e secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Filiado há 30 anos ao PSB, ele preside o diretório regional do partido. Foi vereador, prefeito de São Vicente e deputado federal. Em 2014, deixou o Congresso para assumir a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. Entre outros temas, estiveram em debate as eleições de 2018, a reforma política e sua candidatura à sucessão de Alckmin. Confira trechos da entrevista:

“Fui prefeito duas vezes e sempre me dei bem com meus vices. O chefe do Executivo tem sempre muitas tarefas e, quando se tem confiança, o vice pode representá-lo em diversos lugares. Assim como eu, eles também sempre exerceram funções técnicas muito importantes. Os deputados que estão propondo a extinção deste cargo com esta reforma política na verdade querem apenas ter a possibilidade de assumir a cadeira do vice mais rapidamente e de maneira indireta”.

“Já apoiamos diversos presidentes, mas o governo socialista só chegará quando o PSB assumir a Presidência da República, o que ainda não aconteceu”.

“Votamos pelo impeachment, mas ao mesmo tempo decidimos não fazer parte da base do governo Temer. O Fernando Bezerra Coelho é o ministro de Minas e Tecnologia por uma decisão pessoal do presidente. Não é uma indicação do partido e não consideramos que isso signifique fazer parte do governo”.

“Um governo do PSB em São Paulo garantirá oportunidades iguais para todos. Ele terá as mesmas qualidades que tem o do Alckmin, mas com um viés mais socialista. Acredito que podemos fazer o que o governador fez e dar um passo maior para a esquerda”.

“O Michel Temer não foi eleito para ser presidente, mas vice. Por isso, a legitimidade dele é menor. A posição do PSB é diferente da do PSDB. Fazemos oposição, mas reconhecemos que ele pegou o país numa situação bastante delicada”.

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“Depois da morte do Eduardo Campos, não vejo momentaneamente ninguém do PSB que seja um nome nacional. Por isso, imagino que em 2018 vamos apoiar o candidato de outro partido. Não tem sentido apoiar o PT, porque fomos excluídos quando eles fizeram a coligação com o PMDB”.

“Quem mais ajudou o João Doria a chegar onde ele está foi o Alckmin e ele sabe disso. Por isso, digo com toda a certeza que o Doria não será candidato a presidente. E, se eventualmente for, acho pouco provável que teria o apoio do PSB, porque uma das qualidades que pregamos é a lealdade”.

“Torço para que os partidos tenham nomes da qualidade do Geraldo Alckmin para disputar a Presidência. A população não está em busca de conflito, mas de experiência. E, quando penso em estabilidade, o nome que me vem à cabeça é o do governador”.

“Não somos contra as reformas, mas acreditamos que elas devam ser feitas por um presidente da República que apresente suas propostas na campanha e, depois de eleito, possa implementá-las. A reforma da Previdência em tramitação hoje mexe com o trabalhador, que é o lado mais fraco, enquanto as corporações estão preservadas. No setor público pouco será mudado”.

“Sou a favor do financiamento privado de campanha com limitações e fiscalização. O empresário nem sempre doava pensando no que ia ganhar no futuro. Nem todos queriam receber alguma coisa em troca. O certo é que todas as doações fossem feitas às claras”.

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“A Marina Silva entrou no PSB já dentro de uma rede. Ela nunca foi do PSB. Acho que a Rede é que não conseguiu atingir um número de deputados capaz de garantir o tempo de TV necessário para eleger um presidente da República. Acredito que até por isso ela deixe de ser candidata. Por ser uma mulher íntegra e inteligente, não pode correr o risco de sair da disputa menor do que entrou”.

“É natural eu ser o candidato ao governo do Estado. Nunca um governador em exercício não se reelegeu. Por que eu não posso pelo menos tentar?”

“A não ser que você venha de uma família rica, é impossível ficar rico na política”.

A bancada de entrevistadores reuniu o cientista político Rafael Cortez (sócio da Tendências Consultoria) e os jornalistas Silvio Navarro (editor da TVEJA), João Gabriel de Lima (diretor de redação da revista Época), José Alberto Bombig (editor-executivo do Estadão) e Thais Bilenky (repórter de política da Folha). Com desenhos em Tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura.

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