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Dora Kramer: Tudo vai ser diferente

A disputa de 2018 ninguém sabe como será. Mas certamente será muito diferente de tudo o que já se viu

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 20h59 - Publicado em 18 mar 2017, 07h05

Publicado na edição impressa de VEJA

A candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto a um terceiro mandato é algo tão consistente quanto um suflê de vento. Não só a dele. Da mesma inconsistência padecem os demais pretendentes que já começam a se escalar, ou a ser escalados, como integrantes do elenco de 2018: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da capital, João Doria, o presidente do partido de ambos, Aécio Neves, Marina Silva, Ciro Gomes, o deputado Jair Bolsonaro, o senador Ronaldo Caiado.

Na categoria das miragens enquadra-se a candidatura própria à Presidência pelo PMDB, promessa feita e nunca cumprida desde os desempenhos memoráveis em 1989 e 1994, quando obteve respectivamente 4,73% e 4,38% dos votos. Hoje, provavelmente não teria muito mais que isso, caso levasse adiante o plano de trocar o papel de passageiro pela condição de condutor.

Não vai acontecer, entre outros motivos porque ao partido interessa conduzir (a Presidência) a partir do banco do carona. Daí, também, a importância de preservar a força (bruta) no Congresso, conforme sobejamente demonstrado no impeachment de Dilma Rousseff. O controle, ou não, do Legislativo determina o rumo do Executivo. É mais barato e lucrativo, portanto, investir em eleições locais de onde saem deputados e senadores. Ademais, não há nomes disponíveis no PMDB. Os mais destacados estão presos ou enfurnados até o pescoço em processos, denúncias e pronúncias. A saída já encaminhada pelo senador Aécio Neves seria uma aliança com o PSDB. Detentor do controle absoluto da direção do partido, ele não facilitará a vida dos adversários internos e reforça seu cacife.

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Instalou o deputado Antonio Imbassahy no gabinete palaciano antes ocupado por Geddel Vieira Lima, distribuiu aliados em postos-chave no Senado, tornou-se credor do presidente da Câmara ao emprestar apoio dos tucanos à reeleição de Rodrigo Maia, juntou-se a José Serra contra Alckmin e convenceu Michel Temer de que solução melhor que essa não há. Engenharia perfeita, não fosse o risco de a obra desabar por reação do eleitorado à presença de tucanos nas investigações da Lava Jato e/ou ao comprometimento do partido com um governo cuja popularidade só faz cair. Nesse quesito, o PT investe numa miragem com base nas pesquisas que indicam Lula à frente de seus oponentes “se a eleição fosse hoje”. Ocorre que nem a eleição é “hoje” nem o ex-presidente está em situação confortável: é o campeão de rejeição, o único a figurar como réu em processos criminais com potencial para lhe subtrair a elegibilidade e mesmo a liberdade. É o comandante de um partido zonzo com sucessivas derrotas políticas, jurídicas e eleitorais, um político que só circula em público entre convertidos.

As citadas excelências escrevem roteiros cuja validade depende de fatos imprevisíveis. Simulam controle sobre uma realidade em total descontrole e, assim, iludem o eleitor. A disputa de 2018 ninguém sabe como será. Mas certamente será muito diferente de tudo o que já se viu.

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