Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Deonísio da Silva: Palavras faladas voam, escritas permanecem

Michel Temer recorreu ao ‘verba volant, scripta manent”, que deve ter retirado de algum compêndio de Direito, ambiente em que tais ditos são muito citados.

Por Augusto Nunes Atualizado em 5 mar 2017, 11h22 - Publicado em 5 mar 2017, 11h22

deonisio1

No dia 7 de dezembro de 2015, parece que foi ontem, tal a velocidade da época que se vive no Brasil, o então vice-presidente Michel Temer escreveu uma famosa carta à então presidente Dilma Rousseff.

Destacou 11 pontos, provavelmente inspirado por Bertrand Russel, que recomendou aludir a fatos diante de interlocutores ou temas complicados, que suscitam dúvidas em excesso. Outro antigo provérbio lembra que “contra fatos não há argumentos”.

A frase, porém, que o então vice escolheu para epígrafe de sua Carta foi o provérbio que é título deste artigo, cuja versão original em latim é “verba volant, scripta manent”, que ele deu com a tradução entre parênteses, provavelmente por saber a quem se dirigia.

Estas frases famosas são conhecidas por diversas designações: máximas, provérbios, sentenças e também brocardos. Brocardo porque um bispo alemão chamado Georg Burckard, que viveu no século XI, organizou uma série destas frases em vários volumes. Elas já existiam em grande quantidade nos fins do primeiro milênio.

Continua após a publicidade

“Ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore” é outro brocardo muito conhecido e muito citado.

Michel Temer, o agora presidente, recorreu ao ‘verba volant, scripta manent”, que, ele homem de saber jurídico, deve ter retirado de algum compêndio de Direito, ambiente em que tais ditos célebres são muito citados.

Mas por que ele terá recorrido ao Latim? Só o Presidente poderá esclarecer o verdadeiro motivo, mas este escritor e professor aventa a hipótese de que poderá ter sido para indicar, entre tantas diferenças, que ele, um constitucionalista, prezava e preza o Direito. E que ele só assumiria a presidência se o afastamento da então presidente, já muito mais do que um rumor, obedecesse aos atos litúrgicos constitucionais desta passagem, sempre dolorosa e sempre sujeita a controversas interpretações.

Confira aqui outros textos de Deonísio da Silva

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.