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Por Filipe Vilicic
Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
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Será que começaremos a ver caminhões autônomos (sem motorista) pelas ruas brasileiras?

A proposta da brasileira CargoX é ser uma “Uber dos caminhões”. Em um curtíssimo resumo, funciona assim: precisa levar uma carga de um ponto A a um B?; acione um caminhoneiro pelo app. Contudo, mais que uma promessa, a empresa tem se mostrado com potencial para dominar o mercado aqui e, quem sabe, lá fora. […]

Por Filipe Vilicic Atualizado em 30 jul 2020, 21h41 - Publicado em 30 set 2016, 18h10

A proposta da brasileira CargoX é ser uma “Uber dos caminhões”. Em um curtíssimo resumo, funciona assim: precisa levar uma carga de um ponto A a um B?; acione um caminhoneiro pelo app. Contudo, mais que uma promessa, a empresa tem se mostrado com potencial para dominar o mercado aqui e, quem sabe, lá fora. Quer provas? Primeiro, a startup já levantou 49 milhões de reais em investimentos do grupo nova-iorquino Goldman Sachs, mesmo que injetou dinheiro em gigantes como Facebook e Uber – e virou tema de revistas, sites e jornais estrangeiros, a exemplo dos renomados The Wall Street Journal e The New York Times. Mais uma: no conselho da companhia, estão nomes do gabarito de Oscar Salazar, que participou da criação do Uber.

Agora, o próximo passo da CargoX, que já conta com 100 000 veículos cadastrados em seu app, é colocar caminhões autônomos, sem motoristas, nas ruas brasileiras. Contou Federico Vega, CEO e fundador da empresa, a este blog: “Para termos essa inovação, primeiro precisamos coletar diversas informações das estradas. A exemplo da eficiência do transporte rodoviário, a condição do asfalto e o comportamento de caminhoneiros. Isso servirá de base para o desenvolvimento dos autônomos.”

A startup brasileira já começou a contratar a equipe que irá desenvolver o projeto. A ideia é, após agrupar esses dados, firmar parcerias com fabricantes para fornecer os caminhões. “De começo, acredito que teremos veículos semiautomáticos, nos quais o motorista estará presente no assento, monitorando a máquina”, disse Vega. “Com o tempo, vamos adquirir maior conhecimento da tecnologia e passaremos a colocar nas ruas os modelos totalmente autônomos, sem nenhum caminhoneiro na cabine”.

A medida deve, claro, trazer economia, como no custo do salário dos profissionais. Porém, vai muito além disso. Segundo levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, 90% dos acidentes de trânsito ocorrem por falhas humanas – logo, seriam evitados pela máquina. Além disso, hoje 40% dos veículos de carga viajam ociosos pelas estradas, sem nada na bagagem. Se os caminhões estivessem conectados a um sistema inteligente de distribuição dessas cargas, como o CargoX, e ainda transitassem de forma automatizada, eles poderiam estar lotados a todo momento. Há, evidentemente, a vantagem financeira disso. Contudo, também representaria uma redução no número de veículos nas estradas.

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Agora, resta saber se os autônomos conseguirão encarar a imprevisibilidade do trânsito brasileiro. Recordo que, quando conversei com engenheiros do Google envolvidos no desenvolvimento do carro sem motorista da marca, os profissionais foram categóricos ao afirmar que seria inviável, hoje, colocar esses automóveis no Brasil. Isso porque, o computador dificilmente conseguiria se guiar pelo trânsito incerto de cidades como São Paulo. Porém, como sempre, esse limite é provisório. Logo, a tecnologia achará uma saída para tal desafio, como é de costume.

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