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Por Filipe Vilicic
Crônicas do mundo tecnológico e ultraconectado de hoje. Por Filipe Vilicic, autor de 'O Clube dos Youtubers' e de 'O Clique de 1 Bilhão de Dólares'.
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O principal problema da Apple é ela mesma

As notícias têm sido desanimadoras para a Apple. Nos últimos três meses do ano, a venda de iPhones cresceu no menor ritmo desde o lançamento do aparelho, em 2007 – 0,4% em relação ao ano anterior. Em unidades, foi quase 1 milhão a menos do que previam analistas. Tudo indica, ainda, que os lucros da […]

Por Filipe Vilicic Atualizado em 30 jul 2020, 23h38 - Publicado em 27 jan 2016, 18h52
The new Apple iPhone 6S and 6S Plus are displayed during an Apple media event in San Francisco, California, September 9, 2015. REUTERS/Beck Diefenbach

iPhone: assim como a Apple, ainda (muito) desejado REUTERS/Beck Diefenbach

As notícias têm sido desanimadoras para a Apple. Nos últimos três meses do ano, a venda de iPhones cresceu no menor ritmo desde o lançamento do aparelho, em 2007 – 0,4% em relação ao ano anterior. Em unidades, foi quase 1 milhão a menos do que previam analistas. Tudo indica, ainda, que os lucros da Apple vão cair neste ano, levando a companhia a perder o posto de maior do mundo para a Alphabet, dona do Google. Entretanto, os números escondem uma realidade muito mais sólida: a Apple continuará, por bom tempo, apresentando bons resultados; e o iPhone não desaparecerá tão cedo, pode ter certeza.

“A maioria das críticas surgem daqueles que gastam a maior parte do tempo analisando o mundo Apple, então é claro que eles são sensíveis ao assunto”, definiu bem o analista de mercado Horace Dediu, do site Asymco. Em outras palavras, muitas vezes quem está no mundo da tecnologia tende a aumentar as notícias em torno da empresa. Isso está em muito relacionado à aura mítica que se criou ao redor da companhia fundada pelo (também de aura mítica) Steve Jobs.

Na prática, a Apple apresentou o maior lucro já declarado por uma empresa na história: 18,4 bilhões de dólares em apenas três meses. Isso é maior, relativamente, que o PIB de dois terços dos países do mundo. Além disso, vamos combinar que vender quase 75 milhões de iPhones não é pouca coisa. Há quem aposte que, se realmente foi atingido o máximo de vendas do smartphone, no mínimo a empresa saberá aproveitar seu público de milhões de usuários para vender serviços, como os de assinatura, a exemplo do Apple Music. Ou seja, ela ainda é (e será) uma mina de ouro.

A pergunta central dessa tal “crise” da empresa: a Apple continuará onipresente nas nossas vidas e a apresentar lucros invejáveis nos próximos anos? Sim. Por que tanta gente dizendo que esse pode ser o início da queda, então? Isso é exagero.

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Ocorre que se espera muito da Apple. A empresa pode ter atingido o seu máximo com o iPhone e o iPad. Foi (e ainda é) uma era incrível para esse colosso. Contudo, o iPhone já fará nove anos. O iPad, seis. Acostumados com o dinamismo da Apple, os applemaníacos estão há muito esperando por um lançamento de calibre similar.

Ou seja, a Apple do passado acabou por virar inimiga da Apple do presente. A marca tentou corresponder à antiga expectativa, só que suas últimas novidades – como o relógio Apple Watch e o app Apple News – não animaram o público. O que se refletiu em uma queda acentuada – 11% no último ano – nas ações. Isso quer dizer que acabou o circo da Apple? Não. Só aponta para uma provável estabilidade da empresa. Porém, uma estabilidade lá no topo da montanha.

Resta, é evidente, uma pergunta final: mas ela se manterá no cume em 10, 20, 30 anos? Neste momento, qualquer resposta se apoiaria apenas em especulação. Sim, a Apple pode cair. Assim como ela pode ganhar força. Por ora, a certeza é que a maçã nunca foi tão grande.

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