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Tombini reitera alta prolongada da Selic e inflação no centro da meta em 2012

Para o presidente do BC, o órgão é um dos mais combativos da atualidade

Por Benedito Sverberi
12 Maio 2011, 10h48

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a afirmar nesta quinta-feira, durante o XIII Seminário de Metas de Inflação, no Rio de Janeiro, o compromisso do órgão em fazer com que a inflação não escape da meta – cujo objetivo para 2011 foi fixado em 4,5% com limite de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo. Ele reafirmou o compromisso do Comite de Política Monetaria (Copom) de encerrar este ano com uma inflação “a mais próxima possível da meta”, mirando o seu centro em 2012. No entanto, a inflação oficial medida pelo IPCA revela que, em 12 meses, o limite máximo tolerável para este ano (6,5%) já foi ultrapassado.

Tombini reconheceu que a questão da elevação dos preços tem gerado preocupação no mercado e na sociedade. “A inflação é motivo de preocupação e o Banco Central do Brasil tem sido um dos mais combativos entre todos os BCs na atualidade”, afrimou. Tal como na ata da última reunião do Copom, o ministro apontou que o ciclo de ajuste monetário será prolongado com o objetivo de controlar a inflação.

O presidente do BC destacou que as decisões do órgão são baseadas em todas as informações disponíveis sobre a conjuntura econômica. Neste sentido, levam em consideração os efeitos do ajuste fiscal que tem sido implementado pelo governo, a elevação da taxa Selic a 12,5% neste ano e também os efeitos das polêmicas medidas macroprudenciais (tais como elevação do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF no crédito). Sobre elas, Tombini destacou que sua motivação é dupla: corrigir distorções nos mercados – como, por exemplo, controlar a forte entrada de capital estrangeiro na economia que pode gerar instabilidade e distorcer os preços dos ativos – e também contribuir para a contenção da demanda.

Os efeitos das medidas macroprudenciais, segundo Tombini, já são visíveis: “As concessões de crédito e os ingressos líquidos de capital já estão apresentando moderação”. E garantiu que, diante de tudo o que o governo está fazendo, a alta dos preços vai perder ritmo. “Nos próximos meses, a inflação vai desacelerar. E esforço reforçará a confiança da sociedade no regime de metas”, declarou.

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Ao rememorar a história do regime de metas da inflação no país – que remonta a 1999 e da qual participou ativamente da instalação – Tombini chamou a atenção para o fato de que ela continua a ser a principal estratégia do governo na tarefa de combater a inflação. “Este é o principal instrumento do atual governo para garantir a estabilidade da moeda, associado à manutenção do câmbio flutuante a um regime fiscal responsável”. Tombini, contudo, diz que o regime de metas continua intacto e destacou seus principais pontos positivos: a simplicidade, a transparência, a flexibilidade e facilidade de aferição por parte das pessoas.

Para o presidente do BC, antes de qualquer coisa, é preciso garantir a estabilidade dos preços na economia. “A base de todas as conquistas do Brasil é a estabilidade econômica e monetária”. O compromisso com o regime de metas tem justamente sido alvo de desconfiança dos economistas por conta da um comportamento considerado pouco ativo do BC em garantir com que a inflação de fato convirja para o centro da meta neste ano. Manter-se firme nesta tarefa é essencial para que os analistas, bem como a sociedade como um todo, passem a crer que a inflação futura estará controlada. A necessidade de não instalar uma crença generalizada de que a inflação subirá é essencial, pois este fato, por si só, é gerador de inflação.

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