Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Telefónica mira AL e Europa como forma de proteção

Companhia quer se desprender o quanto puder do país-sede, que encarece seu financiamento de dívida

Por Da Redação
26 out 2012, 10h01

A espanhola Telefónica, uma das empresas mais endividadas do mundo, poderá estabelecer uma unidade na América Latina e outra na Europa para se proteger de uma piora nos problemas econômicos da Espanha. A companhia busca uma série de medidas para reduzir sua dívida e diminuir sua atuação no país-sede, movimentos que já facilitaram o financiamento nas últimas semanas.

No entanto, isso não eliminou as especulações de que a companhia possa se retirar totalmente da Espanha. O diretor-financeiro, Angel Vila, descartou planos para deixar o país, mas sugeriu que há outras formas de separar os negócios na Europa das operações saudáveis na América Latina.

“Existem meios, sem mudar o domicílio, de mover estruturalmente o grupo de forma a minimizar a questão de onde a empresa está sediada”, afirmou Vila em entrevista ao The Wall Street Journal. Sem dar maiores detalhes, Vila disse gostar do arranjo pelo qual a britânica Vodafone Group detém 45% na norte-americana Verizon Communications. Tendo em vista o declínio na Europa, a Vodafone se tornou cada vez mais dependente do crescimento da joint venture nos EUA.

Leia mais:

Telefónica vende Atento para a Bain Capital

Continua após a publicidade

Fatiado – A companhia está pensando em uma possível oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) dos negócios na América Latina, embora uma oferta dificilmente será feita antes do fim do ano. Antes disso, a Telefónica fará em um IPO de ações de sua divisão na Alemanha. Uma fatia de 23% da subsidiária será vendida no maior IPO da Europa neste ano, possivelmente gerando 1,5 bilhão de euros para a empresa.

Segundo Vila, esses movimentos construirão um “muro de proteção” em torno da empresa no caso de uma piora da crise na zona do euro. Após o IPO, a Telefónica poderá levantar capital por meio da unidade na Alemanha, onde as taxas de juros são bem mais baixas do que na Espanha.

Ser espanhola dificulta e encarece o financiamento de 58 bilhões de euros (75 bilhões de dólares) em dívida. Em setembro, a empresa pagou taxas de juros cinco vezes mais altas do que a France Telecom para vender seus bônus. O colapso econômico da Espanha, mercado que responde por um terço do lucro operacional da companhia, torna ainda mais pesado o ônus da dívida.

(com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.