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Suspeito de causar prejuízo de US$ 2 bi ao UBS disse que precisava de um milagre

Frase constava da página de Kweku Adoboli, 31 anos, no Facebook. Operador foi preso nesta quinta-feira, mas banco suíço não oficializou sua culpa na fraude

Por Da Redação
15 set 2011, 16h23

O principal suspeito de ter fraudado o banco suíço UBS e causado um prejuízo de 2 bilhões de dólares é um ganense de 31 anos. O operador Kweku Adoboli foi preso em seu escritório em Londres na madrugada desta quinta-feira, duas horas e meia após a polícia inglesa ter recebido a denúncia de fraude da instituição financeira. Caso ele seja comprovadamente o autor da fraude, entrará no rol dos rogue traders, um jargão do mercado usado para denominar os operadores desonestos. Mais que isso, pode se candidatar a ser um dos maiores fraudadores da história.

Adoboli começou a carreira no UBS em 2006 como trainee, depois de ter se graduado na Universidade de Nottingham em comércio eletrônico e negócios digitais. Após trabalhar como analista de suporte a operações, Adoboli assumiu a direção da unidade chamada Delta1 Trading no banco. O UBS, no entanto, ainda não confirmou que a fraude teve participação do funcionário.

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O UBS descobriu a perda na noite de quarta-feira. Um dia antes, Adoboli havia postado em sua página no Facebook que precisava de um milagre. Seu perfil na rede social, antes de ser apagado, mostrava que o ganense, após viver 20 anos na Inglaterra, está bem estabelecido em Londres. Adoboli tinha uma namorada médica, uma rede extensa de amigos e era fã dos bares e restaurantes do bairro chamado Shoreditch, ao leste da cidade.

Seus amigos disseram ao jornal britânico Financial Times que ele era uma pessoa íntegra e que, em nenhum momento, desconfiariam de tal atitude. Adoboli, cujo pai trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU), já morou em outros países, como Israel. O ganense doava ocasionalmente dinheiro à instituição de caridade Just Giving, segundo a imprensa inglesa.

Segurança – O caso chama, uma vez mais, para as políticas adotadas pelos bancos para evitar que suas finanças sejam corroídas por ações criminosas de pessoas ligadas a seus próprios quadros. Após a fraude de 6 bilhões de dólares realizada pelo francês Jérôme Kerviel no Societé Generale, descoberta em janeiro de 2008, esperava-se que as instituições financeiras tivesse redobrado os cuidados com seus sistemas de controle de risco. Chama atenção ainda o fato de a fraude ter atingido o braço de investimentos do próprio UBS, que, três anos atrás, já havia perdido 50 bilhões de dólares em transações com valores mobiliários.

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