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Superávit primário em setembro é o menor em 2 anos

Economia para pagar juros da dívida pública ficou em 1,59 bilhão de reais

Por Da Redação
30 out 2012, 10h30

O setor público consolidado – que compreende governo federal, estados e empresas estatais, com exceção da Petrobras e da Eletrobras – registrou superávit primário de 1,591 bilhão de reais no mês de setembro, informou o Banco Central nesta terça-feira. Trata-se do resultado mais baixo desde julho de 2010. O superávit primário é a economia do governo para pagar os juros da dívida pública.

Segundo o BC, a maior parte do superávit do mês passado foi gerada pelos estados, que encerraram o período com saldo positivo de 1,144 bilhão de reais. O governo federal contribuiu com 931 milhões de reais e as empresas estatais registraram déficit de 484 milhões reais.

A instituição informou também que no acumulado do ano, até setembro, o superávit primário do setor público foi de 75,816 bilhões de reais, equivalente a 2,33% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período de 2011, essa fatia ficava em 3,43%. Em 2012, o compromisso do setor público é economizar 139,8 bilhões de reais para pagar juros da dívida.

Já no acumulado nos últimos 12 meses, até setembro, o superávit primário diminuiu para 99,889 bilhões de reais, o que representa 2,30% do PIB. Até agosto, o superávit primário em 12 meses estava em 106,395 bilhões de reais, ou 2,46% do PIB.

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Juros – Em setembro, os gastos do setor público consolidado com juros reais foi de 13,844 bilhões de reais. Houve uma queda em relação aos 19,118 bilhões de reais gastos em agosto deste ano e em relação aos 17,267 bilhões de reais em setembro de 2011.

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O governo central teve, no mês passado, um gasto com juros de 4,805 bilhões reais. Já os governos regionais registraram uma despesa de 8,827 bilhões de reais e as empresas estatais tiveram gastos de 212 milhões de reais.

No acumulado do ano, o gasto com juros do setor público consolidado soma 161,424 bilhões de reais, equivalentes a 4,96% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos últimos 12 meses encerrados em setembro, a despesa chega a 220,623 bilhões de reais, ou 5,08% do PIB.

Segundo o BC, o gasto com juros no ano está abaixo do verificado no mesmo período de 2011. Essa queda foi influenciada pela trajetória de queda da taxa Selic e pela menor variação do IPCA em 2012.

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Déficit nominal – O déficit nominal do setor público consolidado de 12,254 bilhões de reais em setembro foi o pior resultado para o mês desde setembro de 2009, quando o saldo negativo chegou a 22,2 bilhões de reais.

De acordo com o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, o déficit acumulado no ano até setembro, de 85,609 bilhões de reais, também é o pior desde 2009, quando o déficit chegava a 87,8 bilhões de reais no mesmo período.

Já no acumulado em 12 meses, o déficit de 2,78% do PIB até setembro é o pior desde agosto de 2010, quando o acumulado em 12 meses estava em 3,25%.

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Dívida líquida – A dívida líquida do setor público ficou estável em 35,3% do PIB em setembro, repetindo o resultado de agosto. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em 1,534 trilhão de reais.

Na comparação com dezembro de 2011, a dívida líquida apresenta uma redução de 1,1 ponto porcentual (pp) do PIB. De acordo com o BC, o superávit primário no período contribuiu para essa redução com 1,7 pp do PIB, enquanto a expansão do PIB corrente ajudou a diminuir o endividamento também em 1,7 pp.

O BC revelou ainda que a desvalorização cambial de 8,3% registrada no ano teve impacto de 1,2 ponto porcentual na queda da relação dívida PIB. Em sentido contrário a apropriação de juros elevou o endividamento em 3,7 pontos porcentuais do PIB desde o começo do ano.

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A dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em 2,542 trilhões reais, número que representou 58,5% do PIB. Esse porcentual é maior do que os 57,7% de agosto e também mais elevado do que o registrado no final do ano passado, de 54,2%.

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(com Estadão Conteúdo)

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