Roberto Azevêdo vence mais uma etapa e disputará com mexicano a chefia da OMC

Com o apoio da União Europeia, o representante brasileiro passou para a última etapa do processo seletivo que vai escolher o sucessor do francês Pascal Lamy

Por Da Redação
25 abr 2013, 15h46

O embaixador do Brasil na OMC, Roberto Azevêdo, tem forte apoio para vencer a disputa (Marcello Casal Jr./ABr/VEJA)

O diplomata brasileiro Roberto Azevêdo passou para a fase final da eleição que definirá o sucessor do francês Pascal Lamy na direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), informação divulgada pela agência EFE e confirmada pelo site de VEJA. Na reta final, quem vai concorrer com o brasileiro é o mexicano Herminio Blanco. Na segunda etapa, cujo resultado oficial só será divulgado na sexta-feira, foram eliminados os candidatos da Nova Zelândia (Tim Groser), Coreia do Sul (Taeho Bark) e Indonésia (Mari Pangestu). O vencedor irá assumir o cargo em setembro.

O resultado já era esperado, uma vez que Azevêdo tinha conseguido o apoio da União Europeia, da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade do Caribe (Caricom, na sigla em inglês), além de ter uma boa influência com os países africanos. O brasileiro também virou uma espécie de candidato dos pequenos. Países como Portugal, Macedônia e Romênia aderiram à campanha – os portugueses, especialmente, fizeram campanha entusiasmada por Azevedo – e o diplomata também deve receber apoio dos demais membros dos Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul).

Este ano, a eleição teve início com nove nomes, reduzidos para cinco no início de abril. Apesar de ser considerado o candidato da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países mais ricos, Blanco não tem tanto trânsito nem é tão conhecido entre os europeus quanto Azevêdo. Blanco foi o principal negociador do México no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA). A previsão é de que até meados de maio já se saiba quem sucederá o francês Pascal Lamy para o período 2013-2017.

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(com agência EFE)