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Europeus decidem apoiar candidato brasileiro na OMC

Roberto Azevêdo está na disputa pelo cargo de diretor-geral da organização, ao lado de mais quatro candidatos

Por Da Redação
24 abr 2013, 12h48

Às vésperas da segunda rodada de votações na Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo recebeu, na terça-feira, a informação de que a União Europeia vai apoiar o seu nome para a direção-geral da organização.

A adesão dos europeus, somada às declarações de voto da União das Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade do Caribe (Caricom, na sigla em inglês) e a boa influência do Brasil entre os países africanos, praticamente assegura a presença do embaixador brasileiro como um dos dois nomes finais para a escolha do novo diretor geral, na avaliação de diplomatas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Nessa reta final, o Itamaraty aposta em Azevêdo e na indonésia Mari Pangestu como os nomes que restarão depois dessa rodada de votações. Na OMC, a escolha do diretor-geral é feita em etapas, nas quais os países indicam seus candidatos preferidos e os mais votados passam para a rodada seguinte. O resultado desta segunda etapa será anunciado até a sexta-feira. A previsão é de que até meados de maio já se saiba quem irá suceder o francês Pascal Lamy para o período 2013-2017.

Este ano, a eleição iniciou com nove nomes, reduzidos para cinco no início de abril. Entre os candidatos, os menos cotados para chegar à final são o da Nova Zelândia, Tim Groser, e o da Coreia do Sul, Taeho Bark. A proximidade do Brasil com África e América Latina, no entanto, dá mais força ao brasileiro do que ao mexicano (Herminio Blanco), e essa é a aposta do Itamaraty. Apesar de ser considerado o candidato da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países mais ricos, Blanco não tem tanto trânsito nem é tão conhecido entre os europeus quanto Azevêdo. Blanco foi o principal negociador do México no Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA).

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Entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil também deve levar a maior parte dos votos, pelo menos como segunda opção. Os russos tinham como preferência o neozelandês, mas numa última etapa devem escolher o Brasil. China e Índia ainda são difíceis de prever, especialmente numa rodada final entre Indonésia e Brasil. Apesar de as negociações serem consideradas positivas, nenhum dos dois países se comprometeu com Azevedo. O brasileiro também virou uma espécie de candidato dos pequenos. Países como Portugal, Macedônia e Romênia aderiram à campanha – os portugueses, especialmente, fizeram campanha entusiasmada por Azevedo.

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Campanha – Um movimento de última hora chegou a propor que a escolha fosse feita em quatro rodadas, e não três, como estava previsto inicialmente. Com três favoritos (Brasil, México e Indonésia), a ideia é que saíssem os três esta semana, depois se retirassem dois nomes, até a escolha final.

O governo brasileiro não aceitou a proposta. A avaliação é que estender a campanha seria prejudicial. Na terça-feira o México também não aceitou, o que enterrou a ideia. Dentro do Itamaraty, a avaliação é que as chances de Azevêdo são muito boas, mas não é possível ainda fazer nenhuma aposta no resultado. Em nenhum dos cenários, no entanto, a diplomacia brasileira vê o embaixador fora da rodada final.

(com Estadão Conteúdo)

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