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Redução significativa de juros não deve se repetir, diz BC

Para o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, setor de serviços deve agora continuar no seu crescimento tendencial

Por Da Redação
20 dez 2012, 13h54

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse nesta quinta-feira que, provavelmente, não será repetida uma redução significativa das taxas de juros como a verificada no primeiro semestre de 2012. “Isso não tende a se repetir. É um evento isolado. Agora a vida segue, e o setor de serviços vai continuar no seu crescimento tendencial”, afirmou, ao comentar o impacto da redução dos spreads sobre o crescimento do setor.

Este ano, o Brasil viveu uma sequência de corte nas taxas de juros cobrados no país. Após reduções repetidas da taxa Selic – os juros básicos da economia que encerraram o ano a 7,25% – a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fizeram repetidas declarações pedindo aos bancos que reduzissem os juros cobrados dos tomadores de crédito. Esse foi, inclusive, um dos temas abordados pela presidente em seu discurso no aniversário de independência do Brasil.

Sobre a hipótese de manutenção do preço da gasolina, usadas nas previsões de inflação, Hamilton disse que, se esse cenário mudar, o BC irá incorporar a informação às suas projeções. “As hipóteses podem ser alteradas a favor ou contra inflação mais baixa.” O ministro da Fazenda se pronunciou ontem sobre o assunto dizendo que certamente haverá reajuste, mas não mencionou quantidade e nem prazo para a mudança.

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Câmbio – Em relação à cotação de 2,05 reais para o dólar, usada nas projeções de inflação no cenário de referência, Hamilton afirmou que esse valor era “mais razoável” do que 2,10 reais no dia 7 de dezembro, data de corte do relatório de inflação divulgado hoje. Naquele dia, o dólar fechou a 2,087 reais no balcão.

Ele disse que uma depreciação cambial de 10% geraria um impacto de 0,6 ponto porcentual na inflação em 12 meses, ao ser questionado sobre a atuação do BC no mercado de câmbio. Mas salientou que alguns economistas dizem que esse cálculo não vale para o outro lado, para uma apreciação cambial.

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A instituição não está confortável com as projeções de inflação divulgadas hoje para 2012, 2013 e 2014, que mostram uma taxa acima do centro da meta de 4,5%. “Trabalhamos com cenário de recuo da inflação. A visão é que o cenário é factível, a inflação tende sim a se aproximar da meta.” O diretor evitou prever a data para o início da queda da inflação em 12 meses.

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De acordo com Hamilton, a indexação da economia brasileira é um fator que explica a resistência da inflação no país mesmo em um ambiente de atividade mais fraca. A projeção do BC para o IPCA ao final do ano é de 5,7% e a do Produto Interno Bruto (PIB), de 1%, conforme Relatório Trimestral de Inflação apresentado hoje. “Temos uma economia bem indexada e isso é uma coisa que explica porque a inflação não recua mais rapidamente”, disse. Ele citou também a recuperação da atividade e o movimento de alta dos salários.

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(com Estadão Conteúdo)

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