A produção da indústria brasileira em abril teve leve alta, em comparação ao mês anterior, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta segunda-feira. Em abril, o índice mensal da Sondagem Industrial da CNI registrou 52,9 pontos, ante 52,8 pontos em março.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Aqueles acima de 50 indicam crescimento na produção, estoque maior do que o planejado e utilização da capacidade instalada superior à usual.

A utilização da capacidade instalada da indústria ficou em 46 pontos em abril, o que representa um aumento na comparação com março, quando o índice fechou em 44,4 pontos. Os estoques da indústria também cresceram, após ficarem estáveis por sete meses. Em abril, o nível de estoques ficou acima do planejado, com índice de 51,2 pontos. O acúmulo foi ainda mais forte para as grandes empresas, com índice de 54,2 pontos – que é, de acordo com a CNI, o maior desde julho de 2012.

Em relação aos estoques altos, a CNI alerta que os níveis maiores podem “ser um obstáculo à continuidade da retomada da atividade industrial nos próximos meses, embora, em abril, a atividade do setor tenha subido na comparação com março”.

Expectativas – O levantamento da CNI também aferiu a expectativa dos empresários para os próximos seis meses, a partir de maio. Em relação à demanda, os empresários estão mais pessimistas em maio do que em abril – o índice, que era de 60,1 pontos no mês passado, recuou para 59,6 neste mês. O índice de expectativas de compras de matéria-prima também teve leve queda: passou de 57,9 em abril para 57,4 em maio.

Para as exportações, a expectativa dos empresários apontou otimismo, após estabilidade em abril. O índice de expectativas de quantidade exportada passou de 50,1 pontos em abril para 52,5 pontos neste mês.

Número de empregados – O índice que mede a quantidade de postos de trabalho ocupados teve leve queda na comparação com o mês anterior. O índice passou de 50,5 em março para 50,2 em abril. O maior índice relativo ao número de empregados foi maior no Centro-Oeste (55 pontos), seguido pelo Sul (52,4). Nas demais regiões, o índice ficou abaixo de 50 pontos.

O levantamento foi feito entre os dias 2 e 14 de maio, com 1.874 empresas de todo o país.

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(com Estadão Conteúdo)