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Produção de veículos cai 14,2% em setembro sobre agosto

Na comparação com o mesmo mês de 2011, contudo, houve alta de 8,2%. Desempenho foi afetado pela antecipação de compras do mês anterior

Por Da Redação
4 out 2012, 16h34

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus diminuíram 31,4% em setembro ante agosto, ao somar 288.108 unidades

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 282.540 unidades em setembro, o que implicou uma queda de 14,2% sobre agosto. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contudo, verificou-se uma alta de 8,2%. Com o resultado, a produção acumula retração de 5,7% nos nove primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados do forte declínio do volume produzido, divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), vieram no mesmo dia em que o governo divulgou as regras do novo acordo automotivo para o período 2013-2017 que visam proteger a indústria nacional e continuar barrando as importações.

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Produção de automóveis – Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção totalizou 267.686 unidades em setembro, com recuo de 14,5% ante o mês anterior, mas com avanço de 12,3% sobre igual mês do ano passado.

A produção de caminhões atingiu 11.467 unidades, com declínio de 8,4% ante agosto e baixa de 38,1% sobre setembro de 2011. No caso dos ônibus, foram produzidos 3.387 unidades – uma diminuição de 4,6% sobre o mês antecedente e queda de 20,8% ante setembro do ano passado.

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Vendas de veículos – As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus diminuíram 31,4% em setembro ante agosto, ao somar 288.108 unidades, e recuaram 7,6% na comparação com setembro de 2011. No acumulado do ano, os emplacamentos chegaram a 2.789.300 unidades, com expansão de 4,00% sobre o mesmo período do ano anterior.

Ressaca nas vendas – Uma das explicações para o forte declínio das vendas é o “efeito ressaca”, haja vista que as vendas e a produção de veículos em agosto bateram recorde histórico. Naquele mês, o volume produzido somou 329.266 unidades, depois de crescer 10,6% na comparação com julho e avançar 1,0% sobre o mesmo mês de 2011. Este bom desempenho deve-se fundamentalmente à corrida dos consumidores às concessionárias, pois havia temor que o governo não renovasse o benefício fiscal do IPI reduzido. Contudo, bem na virada do mês, o Palácio do Planalto optou por prorrogar a medida até outubro.

A Anfavea também ressalta o fato de agosto ter sido o mês mais longo do ano – em número de dias úteis -, o que tem o poder de ‘inflar’ a base de comparação e faz com que a queda no comparativo mensal pareça muito expressiva.

Setembro foi afetado também por uma crise nas vendas de automóveis importados do México. A cota de compras do país praticamente estourou e, com isso, a comercialização de modelos provenientes do parceiro comercial do Brasil despencou, em especial da Nissan. O hatch compacto March, lançado no fim de 2011, vinha acumulando pequenas quedas, mas seguia em bom ritmo. Até agosto, o modelo somou 27.859 unidades, com média de quase 3,5 mil unidades/mês. Em setembro, veio o tombo: apenas 268 unidades foram emplacadas.

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A despeito do mau desempenho de setembro, a entidade mantém a projeção de alta de 5% nas vendas de automóveis e comerciais leves neste ano na comparação com 2011. No tocante a caminhões, a variação será nula.

Exportações – As exportações do setor automotivo brasileiro, em valores, somaram 1,15 bilhão em setembro, após recuar 17,5% em relação a agosto. O decréscimo sobre igual mês de um ano antes chegou a 22,7%.

O referido mês encerrou com 27.194 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus exportados, com declínio de 36% ante agosto e diminuição de 40,3% sobre igual período do ano passado.

As vendas externas totalizaram ao final dos nove primeiros meses do ano 11,25 bilhões de dólares, com queda de 5,7% sobre o mesmo período de 2011. Neste intervalo, foram exportadas 322.548 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, resultando em uma retração de 18% ante a mesma base de comparação do ano passado.

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Biocombustíveis – A Anfavea informou ainda que a fatia de automóveis e veículos comerciais leves modelo bicombustível (flex) atingiu 86,5% no mês passado, abaixo da participação de agosto (88,4%). Ao todo, os veículos flex somam 240.344 unidades. Há um ano, a participação das vendas dos veículos flex foi de 81,6%.

Emprego – O setor automotivo encerrou setembro com 148.063 empregados, o que representa alta de 0,2% sobre agosto. Na comparação com setembro de 2011, houve avanço de 2% no contingente de empregados.

O segmento de autoveículos empregou 0,2% mais em setembro sobre agosto, totalizando 128.048. Em relação a um ano antes, o avanço foi de 2%. O segmento de máquinas agrícolas teve aumento de 0,2% no número de empregados na comparação com agosto e registrou 20.015 funcionários. No confronto com setembro de 2011, a alta foi de 2,1%.

Máquinas agrícolas – As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado apresentaram queda de 3,7% em setembro sobre agosto e avanço de 5,5% ante o mesmo mês de 2011. Ao todo, foram vendidas 6.248 unidades, informou a Anfavea. No acumulado até setembro, as vendas tiveram alta de 0,5% frente ao mesmo período do ano passado.

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A produção de máquinas agrícolas caiu 14% no mês e chegou a 6.486 unidades. O resultado significa uma queda de 6,5% sobre setembro de 2011. No acumulado de 2012, foram produzidas 63.347 máquinas agrícolas, um número 2,5% maior que o de igual intervalo um ano atrás.

As exportações de máquinas agrícolas em valores totalizaram 207,6 milhões de dólares, após retração de 4,8% na comparação com agosto e a baixa de 25,6% ante o mesmo mês de 2011. Em 2012, até setembro, as exportações em valores recuaram 4,7% ante os nove primeiros meses de 2011.

Foram exportadas, ao todo, 1.138 máquinas agrícolas em setembro, o que significa uma queda de 0,2% sobre agosto e recuo de 32,1% sobre o mesmo mês de 2011. No acumulado do ano, as exportações de máquinas agrícolas somaram 12.133 unidades, queda de 10,6% sobre o mesmo período de 2011.

(com Agência Estado)

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