Prévia da inflação desacelera em junho, mas estoura teto em 12 meses
Depois de registrar alta de 0,46% em maio, o IPCA-15 desacelera para 0,38% em junho. Em 12 meses alta é de 6,67% e no acumulado do semestre, 3,45%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, caiu para 0,38% em junho ante 0,46% visto no mês anterior. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2012, a inflação estava em 0,18%. Com o resultado, o IPCA-15 de 12 meses estourou o teto da meta do governo, de 6,5%, ao registrar alta de 6,67%.
Leia mais: Tombini diz que inflação mantém tendência de alta
Tomate abandona posto de vilão da inflação – preço cai 10%
Os destaques do IPCA-15 de junho são os preços dos remédios e dos alimentos, que contribuíram para a desaceleração. Com alta de 0,65%, após terem aumentado 2,94% no mês passado, os remédios subiram 4,85% no semestre.
O grupo Vestuário também subiu 0,72% em junho – frente a 0,76% de maio, enquanto o Alimentação e Bebidas caiu de 0,47% para 0,27%. Grande parte dos produtos do grupo alimentar diminuiu de preço, com destaque para o açaí (-12,43%), cebola (-6,01%), tomate (-5,02%), óleo de soja (-3,69%), frango inteiro (-3,45%), farinha de mandioca (-3,41%), hortaliças (-3,35%) e pescados (-2,70%).
No acumulado do semestre, os preços do grupo Educação foram o que mais aumentaram (6,75%), seguidos por Alimentação e Bebidas (6,49%). Apenas o grupo Habitação registrou deflação (0,21% até junho).
Leia ainda: Tombini diz que não há limites para aumento dos juros
Inflação do aluguel fica estável em maio; alta em 12 meses é de 6,22%
A inflação oficial, medida pelo IPCA, desacelerou para 0,37% em maio na relação com abril, quando marcou 0,55% de alta, conforme o IBGE. Contudo, no acumulado de 12 meses, a inflação encostou no teto da meta do governo, de 6,5%, depois de ter desacelerado para 6,49% em abril. Em seu regime trimestral de metas, o Banco Central (BC) defendeu a tese de que a inflação desaceleraria a partir do segundo trimestre, o que não foi visto nem em abril e nem agora em maio. Em abril do ano passado, o indicador registrara alta de 0,36%.