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Presidente do BC indiano culpa desenvolvidos por crise cambial

Raghuran Rajan critica falta de coordenação dos Estados Unidos na retirada dos estímulos e afirma que resposta dos emergentes pode não agradar

Por Da Redação
30 jan 2014, 18h28

O presidente do banco central indiano, Raghuran Rajan, afirmou nesta quinta-feira que falta cooperação internacional na política de retirada dos estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Rajan, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) e um dos poucos a questionar o mercado de hipotecas antes da crise de 2008, assumiu a autoridade monetária indiana no ano passado. Desde então, vem tentando implementar reformas no sistema financeiro do país.

Na terça-feira, Rajan anunciou a elevação da taxa de juros da Índia para 8% ao ano para tentar conter a sangria de capital do mercado indiano. Nesta quinta, ele deu uma entrevista à rede Bloomberg criticando de forma contundente a negligência dos Estados Unidos e dos países industrializados em relação aos problemas cambiais que afetam, sobretudo, os emergentes.

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Segundo Rajan, os países emergentes ajudaram a manter o crescimento global durante a crise de 2008 ao implementar medidas de estímulo – e não deveriam estar sofrendo com a recuperação dos desenvolvidos. “A cooperação monetária internacional se quebrou”, disse. “Os países industrializados devem ter o papel de restaurar essa cooperação. Eles não podem simplesmente lavar as mãos e dizer ‘faremos o que tivermos de fazer e vocês se ajustam'”, afirmou o economista.

O presidente do BC indiano relembrou que, em 2008, houve uma coordenação de políticas para tirar o mundo da recessão – situação que contou com a ajuda dos emergentes. “Os países tentaram apoiar o crescimento por meio de estímulo fiscal e monetário”, disse Rajan, completando que se a falta de coordenação perdurar, os efeitos negativos poderão ser sentidos, inclusive, pelos desenvolvidos. “Eles podem não gostar dos ajustes que nós nos veremos forçados a fazer daqui para frente”, disse o economista.

No comunicado que acompanhou a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, que reduziu em 10 bilhões de dólares os estímulos à economia, não havia qualquer menção à turbulência nos emergentes. O texto deixou evidente que a redução deve perdurar num ritmo de 10 bilhões mensais até que não haja mais nenhum estímulo.

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