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Premiê do Japão dá lição de ‘Abenomics’ em Davos

Em discurso, Shinzo Abe não hesitou em reconhecer seus próprios acertos para tirar a economia japonesa da recessão; na plateia, Bono Vox ouvia o premiê atentamente

Por Ana Clara Costa, de Davos
22 jan 2014, 20h36

O primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, não fez uso de falsa modéstia ao ser anunciado pelo fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, como o homem que tirou a economia japonesa do buraco após a tragédia de Fukushima. Abe aceitou os elogios feitos pelo suíço e, ao longo de trinta minutos, elencou seus feitos, referindo-se ao seu próprio conjunto de políticas como ‘Abenomics’, nome criado pelo mercado inspirado no ‘Reaganomics’, que eram as políticas implementadas pelo ex-presidente Ronald Reagan na economia americana.

O Abenomics consiste, basicamente, no uso da política monetária para a desvalorização do iene, que perdeu até 40% ante o dólar no ano passado. O Banco Central japonês, basicamente, injeta dinheiro na economia, estimulando não só o crédito, mas também a demanda – o que impacta a inflação. Se, no Brasil, a alta dos preços assusta, no Japão ela é desejada. Tudo isso porque a deflação é uma enfermidade econômica que assola o país há mais de duas décadas. A intenção de Abe é que o Japão tenha, dentro de pouco mais de um ano, inflação de 2%.

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Em Davos, o premiê afirmou que conseguiu fazer muitas coisas pela economia japonesa que seus antecessores julgavam impossíveis. Segundo Abe, o próximo passo será a liberalização de alguns setores, como o de energia elétrica, que será privatizado e dividido entre geradoras e distribuidoras. “Serei como uma broca. Forte e incansável. O céu será o limite”, disse o premiê, em tom dramático, para uma plateia eclética de mais de 1.500 pessoas, entre presidentes de empresa, economistas e até mesmo o vocalista da banda U2, Bono Vox.

Abe disse o que toda a plateia de Davos quer ouvir: que o Japão será o primeiro país a ter cidades com zero emissão de carbono, que reduzirá os impostos pagos pelo setor privado e que o país se tornará referência em facilidade para se abrir um negócio.

O premiê terminou seu discurso falando sobre uma questão delicada para o seu país: o preconceito contra as mulheres. Abe disse que está disposto a brigar para que o público feminino tenha mais espaço na economia e represente, até 2020, 30% dos cargos de liderança em empresas. “Hilary Clinton me disse que o Japão cresceria 15% a mais se as mulheres participassem mais da economia. E é isso que vou fazer”, afirmou.

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