Pfizer quer comprar AstraZeneca em acordo que pode chegar a US$ 100 bilhões
Esta é a terceira vez que a farmacêutica norte-americana faz proposta para adquirir sua concorrente britânica
![Pfizer considera pagar um prêmio maior aos acionistas da AstraZeneca](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/pfizer-logo-inglaterra-20110817-01-original3-e1605957715540.jpeg?quality=90&strip=info&w=876&h=584&crop=1)
A farmacêutica norte-americana Pfizer trabalha nos próximos passos de uma potencial oferta de 100 bilhões de dólares pela britânica AstraZeneca, após ter duas propostas rejeitadas. Em janeiro, foi feita uma oferta de 58,8 bilhões de libras (98,9 bilhões de dólares) para a AstraZeneca e, em abril, houve uma nova tentativa de acordo. Em um comunicado, a Pfizer disse que AstraZeneca recusou-se a participar de discussões em ambas as ocasiões. A AstraZeneca pediu a seus acionistas que não tomem nenhuma ação e disse que continua confiante em sua estratégia independente.
A proposta original da Pfizer, feita para o Conselho da AstraZeneca em 5 de janeiro, incluiu uma combinação de dinheiro e ações e teria valorizado as ações da AstraZeneca a um prêmio de cerca de 30% na época.
A Pfizer disse que agora considera pagar um prêmio maior aos acionistas da AstraZeneca, acima do valor de suas ações em 17 de abril, antes do início dos rumores. Considerando que a Pfizer deve oferecer mais, devido a uma valorização das ações da AstraZeneca desde janeiro, o valor final de qualquer acordo pode ficar acima de 100 bilhões de dólares.
Leia mais:
Rede de farmácias CVS volta às compras no país
Confira as empresas que mais crescem – e são comandadas por mulheres
Jorge Paulo Lemann (acreditem) também tem seu lado meigo
Pelas regras britânicas, a Pfizer tem até 26 de maio para anunciar a intenção firme de fazer uma oferta pela AstraZeneca ou desistir do negócio.
Nesta manhã, as ações da AstraZeneca chegaram a saltar mais de 16% com as notícias de aquisição, que seria a maior compra estrangeira de uma empresa britânica e um dos maiores acordos no setor.
A abordagem renovada surge em meio a uma onda de fusões e aquisições no setor, conforme a indústria se reestrutura diante de cortes de gastos de saúde e concorrência com genéricos mais baratos.
Na semana passada, a farmacêutica suíça Novartis e o grupo britânico GlaxoSmithKline (GSK) anunciaram um acordo bilionário para reestruturar suas operações, que envolve troca de ativos e criação de uma empresa em conjunto na área de consumo. Enquanto a Novartis vai comprar a unidade de oncologia da GSK por 16 bilhões de dólares, esta, por sua vez, vai adquirir a divisão de vacinas da Novartis por aproximadamente 7,1 bilhões de dólares. Além disso, será criada uma joint-venture para combinar suas divisões de consumo das duas empresas.
(com agência Reuters)