Pedidos de auxílio-desemprego têm forte queda nos EUA
Após anúncio do Fed, a quinta-feira iniciou com dados positivos tanto no mercado de trabalho quanto nas vendas do varejo
O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 29 mil, para 343 mil, após ajustes sazonais, na semana até 8 de dezembro, informou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam queda de 25 mil solicitações. O número total de pedidos da semana até 1º de dezembro foi revisado para 372 mil, de 370 mil anteriormente.
A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas – calculada para suavizar a volatilidade do dado – caiu 27 mil, para 381.500, o menor nível desde o início de novembro. Na semana encerrada em 1º de dezembro, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego recuou 23 mil, para 3,198 milhões.
A taxa de desemprego para trabalhadores com seguro-desemprego foi de 2,5% na semana até 1º de dezembro, mesma taxa registrada na semana anterior.
Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de estado para estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício.
Leia também:
BC dos EUA anuncia novo programa de estímulo econômico
Déficit americano sobe em novembro e país se aproxima do teto do endividamento
Vendas no varejo – O dado otimista do mercado de trabalho foi seguido de outro número positivo nos Estados Unidos. As vendas no varejo subiram 0,3% em novembro ante outubro, para o valor sazonalmente ajustado de 412,40 bilhões de dólares, segundo informou o Departamento do Comércio. Em relação a novembro do ano passado, as vendas subiram 3,7%. Em outubro, houve queda mensal de 0,3%.
Excluindo o setor de automóveis e gasolina, as vendas no varejo avançaram 0,7% na variação mensal. Excluindo só automóveis, as vendas ficaram estáveis, como esperado. Os gastos nas lojas de eletrônicos e aparelhos domésticos subiram 2,5% em novembro ante setembro e as vendas de varejistas sem lojas, uma categoria que inclui o comércio online, aumentaram 3,0%.
Por outro lado, as vendas nos postos de gasolina caíram 4,0% na mesma comparação, a maior queda em quase quatro anos. Os gastos também diminuíram em lojas de departamento e mercearias.
A supertempestade Sandy, que atingiu o Nordeste dos EUA no final de outubro, teve um efeito misto no resultado de vendas de novembro, de acordo com o Departamento do Comércio. O fechamento de lojas, as quedas de energia e as enchentes prejudicaram as vendas. Por outro lado, varejistas de determinados setores registraram bons resultados após os consumidores demandarem mais materiais de construção, cujas vendas cresceram 0,6%, e mantimentos para repor os estoques após a passagem da Sandy.
(Com Estadão Conteúdo)