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Para imprensa internacional, proximidade com Dilma prejudicou Graça

Saída da executiva estampou as páginas de importantes jornais, como Financial Times, New York Times e The Economist

Por Da Redação
4 fev 2015, 19h14

Além de provocar barulho no mercado financeiro, a renúncia de Graça Foster foi destaque na imprensa internacional, como os jornais Financial Times, The New York Times, The Wall Street Journal e The Economist.

arte - diretoria da Petrobras
arte – diretoria da Petrobras (VEJA)

O FT destacou que Graça Foster não foi acusada de envolvimento direto no escândalo da Petrobras, mas é duramente criticada por ter ignorado as denúncias de fraudes dentro da estatal. Segundo o jornal, a proximidade com Dilma Rousseff fez com que a confiança do mercado em relação à autonomia da executiva se dissipasse. Daí a necessidade de um nome que não tenha ligação com o PT. “Embora Graça Foster tenha sido inicialmente aclamada por ser uma engenheira veterana da Petrobras em vez de uma indicada política, ela não era vista como autônoma devido à sua relação estreita com Dilma Rousseff.”

Nos Estados Unidos, o WSJ e o NYT também repercutiram a saída da presidente da Petrobras. O NYT foi enfático ao citar as denúncias de corrupção envolvendo a estatal. “O governo brasileiro expurgou nesta quarta-feira a diretoria da Petrobras, gigante nacional de petróleo que enfrenta um difundido escândalo de corrupção, em meio às acusações de um esquema de suborno envolvendo propinas ao Partido dos Trabalhadores (PT) da presidente Dilma Rousseff e seus aliados”, disse o jornal.

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O NYT relembrou que membros do próprio partido afirmaram que o governo deveria ter promovido reformas na companhia tempos atrás. “Refletindo um ponto negativo para Dilma Rousseff, que venceu por pouco as eleições em outubro em um disputado confronto marcado por ataques à sua gestão e à apática economia brasileira, até alguns membros de seu partido disseram que ela demorou a fazer mudanças na petroleira.”

O buraco é mais embaixo – A The Economist publicou um artigo nesta quarta-feira argumentando que a saída de Graça Foster não seria suficiente para solucionar os profundos problemas da Petrobras. Segundo a revista britânica, a companhia que ganhou fama por sua experiência em exploração de petróleo em alto mar, atualmente é mais conhecida por estar completamente endividada e atolada em um escândalo de corrupção multibilionário e por valer apenas um terço do que valia cinco anos atrás.

Entre os motivos que agravaram a situação da Petrobras, a publicação ressaltou o controle dos preços do petróleo por parte do governo desde para segurar a inflação. O aumento da demanda doméstica obrigou a estatal a importar petróleo e diesel e, em seguida, vender os combustíveis por preços menores, o que acarretou um prejuízo de cerca de 48 bilhões de reais à companhia entre 2011 e 2013.

“O ministro da Fazenda da presidente Dilma Rousseff está supostamente ocupado procurando um substituto para Graça Foster. Seu sucessor enfrentará um mar de desafios”, diz a publicação. Os desafios incluem os baixos preços do petróleo, as denúncias de corrupção apuradas no âmbito da Operação Lava Jato e os contratos superfaturados.​

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