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Para estrangeiro, insegurança é a 1ª impressão do Brasil

País tem de investir pesado para evitar atentados e a entrada de armas e drogas; poderia, ao menos, começar combatendo os furtos

Por Ana Clara Costa e Carolina Guerra
11 jun 2011, 14h27

A falta de efetivo nos aeroportos tem consequências diretas para a segurança do país, pois facilita a chegada de drogas e armas contrabandeadas. Como não poderia deixar de ser, ela se reflete também em assaltos e furtos dentro dos próprios terminais – item que estigmatiza o Brasil aos olhos dos visitantes estrangeiros. Em abril, cerca de 160 ocorrências foram registradas somente no aeroporto de Guarulhos, ao passo que, no acumulado dos quatro primeiros meses de 2011, esse número chega a 370.

Em locais que abrigam eventos mundiais, o risco assume grandes proporções. O expressivo fluxo de passageiros, por si só, propicia o aumento do número de ocorrências. A experiência de países estrangeiros pode servir para demonstrar o quão defasado está o sistema de segurança aeroportuária do país. “Em uma comparação internacional entre aeroportos, existe o que é desejável e o que é o mínimo. O Brasil precisa ainda de muitas correções para chegar ao nível básico”, afirma José Antonio Coimbra, diretor comercial da British Airways no Brasil.

Coimbra relata um caso de evacuação ocorrido em Londres e que, caso acontecesse em algum aeroporto brasileiro, poderia ter consequências dramáticas. “Um determinado passageiro desembarcou em Londres, na Inglaterra, e passou pelo raio-X com uma mala de conteúdo suspeito. Por um desvio de atenção da vigilância, ele recolheu a mala e foi embora. Em minutos, todo o aeroporto foi evacuado, por precaução”, conta. Apesar de ações terroristas não serem o foco da preocupação dos órgãos de segurança do país, como são na Europa, a chegada de eventos internacionais exige uma atuação eficaz para casos semelhantes. “Qual é a capacidade dos agentes brasileiros em evacuar um terminal de Guarulhos?”, questiona Coimba.

Nos Estados Unidos, desde os atentados de 11 de setembro de 2001, a segurança aeroportuária é prioridade, envolvendo elevados investimentos em aparato tecnológico e preparação de funcionários. Segundo Kawika Riley, porta-voz do Transport Security Administration (TSA) – a seção do Departamento de Segurança Interna do governo americano (Homeland Security) que cuida de todos os procedimentos de segurança antes do embarque em voos domésticos e internacionais -, trabalhos que no Brasil são terceirizados (como checagem de passaportes), nos EUA são feitos por oficiais treinados. “Eles usam luz negra e lupas de aumento para checar passaportes e documentos”, explica.

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