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Operações de swap para conter dólar custaram R$ 1,2 bi ao BC em 2013

Resultado de novembro, mês em que a moeda americana se desvalorizou em 4,12%, ficou negativo em 8 bilhões — o segundo pior mês desde o início da série histórica, em 2002

Por Da Redação
27 dez 2013, 16h09

O esforço do Banco Central para conter a alta do dólar em 2013, por meio de leilões de swap cambial ( o equivalente à venda de contratos de dólar no mercado futuro), custou 1,26 bilhão de reais à autoridade monetária entre janeiro e novembro deste ano. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo BC, apenas em novembro o resultado líquido das operações de swap ficou negativo em 8 bilhões de reais. Trata-se do segundo pior resultado mensal desde o início da série histórica, em 2002, perdendo apenas para o saldo negativo de setembro daquele ano, que ficou em 8,9 bilhões de reais. Em novembro, o real se desvalorizou 4,12% em relação ao dólar.

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As operações de swap são uma forma de o BC “inundar” o mercado com a moeda americana, pressionando a cotação para baixo, sem a necessidade de gastar as reservas internacionais, que estão próximas de 380 bilhões de dólares. Em agosto o BC anunciou um programa de intervenção no mercado de câmbio da ordem de 100 bilhões de dólares, ao mesmo tempo em que a moeda americana avançava acima de 2,40 reais, chegando a patamares não vistos desde 2008.

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O programa previa intervenções diárias no mercado de câmbio até o dia 31 de dezembro. O presidente da autoridade monetária, contudo, avisou que as operações continuarão em 2014. A decisão se deve, principalmente, ao fato de o dólar ter voltado a subir em novembro, chegando perto de 2,40 reais, após ter recuado para menos de 2,20 ao longo do segundo semestre.

A oscilação da moeda americana nos mercados emergentes tem como principal indutor o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que anunciou, em julho, a possibilidade de reduzir os estímulos monetários de 85 bilhões de dólares mensais injetados na economia americana. A comunicação truncada do Fed criou um período de forte instabilidade porque, ao mesmo tempo em que previa a redução em algum momento, a autoridade monetária relutava em anunciá-la. O anúncio só veio em dezembro, mês de calmaria nos mercados devido ao encerramento do ano, com um corte de 10 bilhões de dólares nos estímulos mensais.

No Brasil, a desvalorização do real foi uma das mais fortes entre todos os emergentes porque foi exacerbada pela deterioração econômica do país. Com a inflação próxima do teto da meta e a piora na situação fiscal, investidores passaram a olhar para as oportunidades locais com muito mais cautela. A incapacidade do governo em sanar a crise de credibilidade criada com a deterioração fiscal também foi um atenuante para a desvalorização da moeda brasileira.

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