Obama diz que não aliviará pressão sobre republicanos
Presidente se reúne com líderes congressistas nesta segunda-feira para discutir o aumento do teto da dívida
Obama disse que não apoiará acordos de curto prazo para aumentar o limite de endividamento americano. “Nós não administramos nossos problemas com soluções de três meses”, afirmou
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu uma entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira afirmando que irá aumentar a pressão sobre os republicanos, para que a oposição concorde com o aumento do teto da dívida americana. O pronunciamento ocorreu após um encontro político sem resultados no domingo, e antes de uma nova reunião com líderes congressistas na tarde desta segunda-feira. A expectativa era de que o presidente fosse moderar seu discurso para tentar negociar com o Congresso – o que, de acordo com suas próprias palavras, não acontecerá.
Obama disse que não apoiará acordos de curto prazo para aumentar o limite de endividamento americano. “Nós não administramos nossos problemas com soluções de três meses”, afirmou. “É hora de arrancar o band-aid”, completou.
Impasse – Os republicanos se recusam a aumentar o limite da dívida americana, que já está em 14,29 trilhões de dólares, a menos que Obama concorde em reduzir o crescente déficit do país, a começar pelo corte em programas federais de auxílio aos pobres e idosos. “Eu já me curvei para tentar trabalhar com os republicanos sobre os impostos”, disse Obama.
Os democratas não concordam com as exigências republicanas – e tentam emplacar programas de aumentos de impostos para milionários e bilionários, como forma de aumentar a receita do país. Obama disse que é preciso chegar a um consenso até o dia 22 de julho, para não assustar o mercado financeiro. O Congresso tem até o dia 2 de agosto para aprovar um limite maior de endividamento, caso contrário o país entrará em recessão novamente, defende o presidente americano.