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Montadora chinesa terá fábrica de caminhões no Brasil

O grupo Metro-Shacman anunciou investimentos de 400 milhões de reais para início da produção de caminhões pesados e extrapesados no interior de São Paulo

Por Da Redação
30 abr 2013, 09h57

O grupo Metro-Shacman confirma nesta terça-feira investimentos de 400 milhões de reais para início da produção de caminhões pesados e extrapesados da marca chinesa na cidade de Tatuí, interior de São Paulo. Com capacidade para 10 mil veículos ao ano, a unidade deve entrar em operação em meados de 2014. É a sexta empresa do ramo a anunciar fábrica no Brasil nos últimos dois anos.

O país já abriga nove indústrias desse segmento, que se recuperam de uma queda de quase 20% nas vendas do ano passado, que somaram 139,1 mil unidades, após atingir recorde de 172,8 mil caminhões em 2011. “O Brasil tem vocação para caminhões pois, infelizmente, tem pouca ferrovia, insuficiente para atender toda a demanda de transporte de produtos”, diz Maurício Vieira, diretor de operações da Metro-Shacman.

A fábrica será uma parceria do grupo brasileiro Metro-Shacman (formado por investidores brasileiros ligados ao ramo da construção) e a própria montadora chinesa. Segundo Vieira, ainda falta definir o porcentual do aporte para cada um. Quando a fábrica estiver operando em plena capacidade, serão criados mil empregos diretos, informa Vieira. A área em Tatuí já abriga um galpão (onde antes operava uma empresa de cerâmica) e apenas serão feitas adaptações internas para abrigar a linha de montagem, que poderá vir da China.

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A Metro-Shacman importou 99 unidades dos caminhões da matriz, pagando 30 pontos a mais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), conforme estabelece o programa Inovar-Auto. Um terço da encomenda já foi vendido, a preços entre 200 mil e 300 mil reais. “Com a produção local, pretendemos baratear os preços”, afirma o executivo.

Inicialmente, os planos eram apenas de montar veículos no país, com kits (CKDs) trazidos da China. O grupo já havia anunciado um complexo em Pernambuco, que também faria motores e outras peças, mas desistiu desse projeto. Com a aprovação, no ano passado, do Inovar-Auto, que exige altos índices de peças locais para ter direito ao IPI menor, a empresa optou por produzir veículos com mais conteúdo nacional e escolheu Tatuí por causa da proximidade com o parque de fornecedores.

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Os caminhões foram desenvolvidos pela Shacman chinesa com projeto adquirido da MAN/Volkswagen. Os motores serão fornecidos pela Cummins, de Guarulhos, e as transmissões pela ZF, de Sorocaba. “A vocação fabril de São Paulo continua sendo o grande indutor de investimentos no Estado, com uma cadeia de fornecedores completa e o maior mercado consumidor do Brasil”, diz Luciano Almeida, presidente da Investe São Paulo, agência vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, que assessorou a Shacman na escolha do município.

Nos anos recentes, São Paulo atraiu outras três montadoras, a coreana Hyundai, em Piracicaba, a japonesa Toyota, em Sorocaba e a chinesa Chery, em Jacareí, além de indústrias de autopeças. A Shacman produzirá inicialmente cinco modelos de caminhões de grande porte para transportar produtos como minério, grãos e cana. Os modelos vão competir com marcas como Mercedes-Benz e Scania.

Mais chinesas – Outras fabricantes de caminhões que anunciaram unidades no país, mas não iniciaram obras, são as também chinesas Foton Aumark (valor e local a ser definido), Foton Motors (300 milhões de reais na Bahia), Sinotruk (300 milhões de reais em Santa Catarina), Jac Motors (100 milhões de reais numa linha conjunta com a de automóveis na Bahia) e a americana DAF/Paccar, que tem projeto de 400 milhões de reais no Paraná. Além disso, a maioria das marcas já instaladas no país – Mercedes-Benz, MAN/Volkswagen, Scania, Volvo, Ford, Iveco, International, Agrale e Caoa – está investindo em ampliação de capacidade e novos produtos.

(Com Estadão Conteúdo)

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