Medida sobre IOF ajuda empresas a adequar fluxo de caixa
Segundo secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, decisão foi tomada mediante mudança na conjuntura econômica do país
O secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Diogo Oliveira, disse nesta quarta-feira que o governo reduziu o prazo de incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de financiamento externo de 720 para 360 dias com o objetivo de abrir um pouco mais de espaço para que empresas e instituições financeiras possas adequar melhor seu fluxo de caixa interno em relação a captações externas.
O secretário negou que o governo tenha errado quando aumentou, no passado, o número de dias. “A conjuntura mudou. Há mais aperto hoje no fluxo de caixa das empresas por causa da conjuntura global e interna, então, o governo decidiu fazer esse alívio”, disse.
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Diogo lembrou que, junto com essa decisão da Fazenda, o Banco Central também reduziu o prazo para a antecipação de exportações e admitiu que as decisões foram casadas. “São duas medidas voltadas para a redução do custo financeiro das empresas brasileiras. Segundo o secretário, essas ações estão mais relacionadas ao fluxo de caixa das companhias do que ao câmbio.
Investimentos – O prazo maior para a taxação do IOF era uma das medidas que o governo encontrou para barrar o investimento de curto prazo no país. Agora que o indicador do Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu pouco – 0,6% – no terceiro trimestre, puxado por investimentos em baixa, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou-se disposto a tomar novas medidas para estimular os investimentos do país. Nesta terça-feira, Mantega disse que o governo vai anunciar ainda essa semana alguns estímulos.
(com Estadão Conteúdo)