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Maioria das moedas se desvaloriza nesta sexta — mas real perde mais

Movimento é generalizado. Mas no Brasil, a perda de valor é mais acentuada devido à tensão política no Congresso e aos protestos do fim de semana

Por Da Redação
13 mar 2015, 16h55

O dólar passa por um movimento generalizado de valorização nesta sexta-feira, não apenas no Brasil. A pedido do site de VEJA, a Tendências Consultoria selecionou 16 moedas fortes que estão perdendo valor ante a moeda americana. Por volta de 16h, o euro caía 1,52%, cotado pouco abaixo de 1,05 dólar, o menor patamar em 12 anos. Já a libra caiu 1,05%. O mesmo movimento também é visto na paridade com os dólares australiano (-1,15%), canadense (-0,86%) e neozelandês (-0,88%). Até mesmo moedas de países emergentes como o México estão em queda – o peso mexicano perdia 0,79% no horário.

Para o analista Rodolfo Oliveira, da Tendências, os investidores estão se antecipando à reunião do banco central americano, Federal Reserve (Fed), na próxima semana. “Todos estão esperando que na próxima quarta-feira o Fed sinalize mais claramente quando subirão os juros”, explicou. Contudo, ele reitera que o real está destoando mesmo assim, e se desvalorizando em uma proporção maior do que as outras divisas. “O principal evento aqui é político.” O dólar chegou a se valorizar 3% nesta sexta e fechou cotado a 3,24 reais – o maior patamar desde abril de 2003. A cotação está cada vez mais próxima do euro, que fecou a 3,40 reais.

Gráfico Dólar
Gráfico Dólar (VEJA)

Nesta sexta-feira, militantes foram àsá saíram à rua para protestar contra as condições econômicas e a corrupção na Petrobras. Para domingo, esta marcada uma grande manifestação em todo o país organizada por grupos críticos ao governo.

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Efeito Fed – O título de maior economia do mundo confere aos Estados Unidos também o status de detentor do título de dívida mais seguro do mundo. Os treasuries, como são chamados esses títulos americanos, são os mais visados por investidores quando o ambiente externo está ruim.

Nos últimos anos, com a desaceleração da economia americana, decorrente da crise de 2008, investir nos mercados emergentes, com taxas de juros mais altas, é mais interessante. A remuneração desses títulos públicos está fortemente relacionada às taxas básicas. O Brasil, por exemplo, se beneficiou com uma enxurrada de capital externo, especialmente após receber das agências de classificação de risco o grau de investimento, uma espécie de selo que atenta a confiabilidade na capacidade do país em pagar as dívidas em dia.

No caso do euro, há ainda um componente local: a fraca economia. Para estimular o consumo, o Banco Central Europeu (BCE) deu início a um programa de compras de ativos para injetar um trilhão de euros o mercado.

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A expectativa é que, com a melhora da economia americana, o Fed acabe elevando um pouco os juros básicos locais, o que aumentaria o prêmio em cima dos títulos públicos americanos e levaria a uma saída relevante de dinheiro de outros países para a economia dos Estados Unidos. Esse movimento é que já está sendo antecipado pelo mercado e sua consequência imediata é a valorização do dólar, uma vez que a demanda está acima da oferta.

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