Lucro do Itaú cai 3% no segundo trimestre para R$ 3,3 bi
O maior banco privado do país acumula no primeiro semestre lucro líquido de R$ 6,7 bilhões, queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado
O Itaú Unibanco anunciou lucro líquido de 3,3 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, queda de 8,2% ante o mesmo período do ano passado e de 3% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. Com esse resultado a instituição financeira acumula no primeiro semestre lucro líquido de 6,7 bilhões de reais, queda de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
As operações de crédito totais, incluindo avais e fianças, fecharam junho em 413,4 bilhões de reais, expansão de 14,8%. Em ativos totais, o Itaú encerrou junho em 888,8 bilhões de reais, crescimento de 12% em 12 meses. O patrimônio líquido ficou em 75,6 bilhões de reais, 14,5% maior que no mesmo semestre do ano passado.
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O banco também anunciou lucro recorrente de 3,585 bilhões de reais no segundo trimestre, expansão de 8% em 12 meses. A diferença entre os dois lucros ocorre por conta de alguns eventos extraordinários. Um deles é a venda da participação de 18,9% que o Itaú tinha no Banco Português de Investimento, feita em abril. Esta transação impactou negativamente o resultado em 205 milhões de reais, líquido de impostos, e positivamente o patrimônio líquido em 106 milhões de reais, de acordo com o demonstrativo de resultados.
Entre outros pontos não recorrentes está a provisão que o banco fez para causas na Justiça questionando planos econômicos do passado e ajuste a valor de mercado da participação que o Itaú tinha no Banco Português de Investimento.
O Itaú registrou retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 17,9%, abaixo dos 22,2% do segundo trimestre do ano passado. O retorno sobre o lucro recorrente foi de 19,4%, ao passo que era de 20,4% no segundo trimestre de 2011.
Inadimplência – A taxa de inadimplência do Itaú subiu no segundo trimestre ante o primeiro, puxada pelo aumento de calotes na pessoa física. Na pessoa jurídica, os calotes caíram. O banco encerrou junho com taxa total de 5,2%, considerando os atrasos acima de 90 dias, ante 5,1% no período anterior.
Na pessoa física, a inadimplência saltou de 6,7% no primeiro trimestre para 7,3% no segundo. Já na pessoa jurídica, caiu de 3,7% para 3,5% na mesma base de comparação.
As taxas de inadimplência de prazos mais curtos (de 15 a 90 dias de atraso) caíram no segundo trimestre, para 4,5%, ante 4,8% no período anterior, com recuo tanto na pessoa física como jurídica.
As despesas com provisão para devedores duvidosos ficaram em 6 bilhões de reais, estáveis ante o primeiro trimestre. Na comparação com os meses de abril a junho de 2011, houve alta de 17% nas despesas com PDD.
O Itaú destaca, no demonstrativo de resultados, que esse nível de provisionamento é atribuído, principalmente, à alta inadimplência verificada nas carteiras de veículos, ao aumento das carteiras de crédito pessoal (principalmente crediário parcelado e cheque especial) e de pequenas e médias empresas.
(Com Agência Estado)