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Lagarde vê investimento ‘menos brilhante’ para o Brasil

Diretora-gerente do FMI diz que os Brics precisam implementar políticas para preservar o crescimento que alcançaram nos anos anteriores

Por Da Redação
4 jun 2013, 18h13

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, vê sinais de enfraquecimento da economia mundial nos meses recentes e uma perda de ritmo de expansão das economias emergentes. No caso de Brasil e outros países emergentes, como Índia, Rússia e África do Sul (os chamados Brics), ela afirmou que as perspectivas de investimento parecem agora “menos brilhantes”.

Lagarde afirmou que esses países precisam implementar políticas para preservar o que alcançaram. A dirigente ressaltou que mesmo a China tem apresentado números mais fracos e o crescimento econômico do país permanece muito dependente do crédito, investimento privado e infraestruturaI.

No caso dos emergentes, no qual ela cita o Brasil, Lagarde diz que os governos precisam estar atentos a duas frentes. No lado interno, olhar para a economia doméstica e lidar com as vulnerabilidades locais e remover obstáculos estruturais que impedem uma maior expansão da atividade, incluindo mudanças na infraestrutura e na regulação.

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No lado externo, esses países precisam ficar atentos aos efeitos das políticas monetárias não convencionais dos países desenvolvidos, de compra massiva de ativos. Assim como eles receberam recursos externos por conta das compras de ativos dos bancos centrais, o risco é a saída desses recursos. “Pior até do que a maré subir é a maré baixar, o risco de uma possível reversão rápida dos fluxos de capital”, disse Lagarde.

Apesar de dizer que as tais políticas monetárias dos países desenvolvidos devem prosseguir, Lagarde disse que o mais difícil para os bancos centrais será a saída dessas políticas. Este, aliás, é o tema do momento nos Estados Unidos, com o temor de que o Federal Reserve (Fed) – o Banco Central dos EUA – mude sua política de compras mensais de ativos usada para estimular a economia.

A dirigente disse que essas políticas dos BCs tiveram vários efeitos, como aumentar os fluxos internacionais de capital notadamente para América Latina e Ásia. Por outro lado, essas políticas ajudaram a restabelecer o funcionamento dos mercados financeiros e ajudaram a estimular o crescimento econômico, embora os efeitos neste último caso, frisou a dirigente do FMI, sejam mais difíceis de quantificar.

Ainda sobre o tema, ela salientou que não se pode exigir muito das políticas monetárias para restabelecer o crescimento nos países desenvolvidos e esquecer os ajustes fiscais e reformas que precisam ser feitas na economia global. “Os governos não devem se esconder atrás destas políticas para não fazer o que eles precisam fazer.”

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Para as demais nações, Lagarde frisou que os riscos para puxar para baixo a expansão da economia mundial permanecem mais proeminentes do que nunca e que a economia mundial continua se expandindo em três velocidades. “A mensagem central é que os governos precisam implementar políticas fortes para impedir a economia global de ficar mais fraca.”

A primeira velocidade é formada pelo grupo onde estão os países emergentes, crescendo em ritmo maior, embora com sinais recentes de perda de ritmo de expansão econômica. Na segunda velocidade estão economias que se recuperam, como os Estados Unidos. Lagarde ressaltou que apenas o corte automático de gastos públicos deve custar 0,5 ponto porcentual da expansão da economia norte-americana.

No terceiro grupo estão os países que devem ter retração econômica, sobretudo a zona do euro. Sobre o Japão, Lagarde destacou que a economia do país parece mais forte neste momento. O FMI projeta expansão de 3,3% para a economia mundial em 2013.

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(com Estadão Conteúdo)

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