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Juro do cheque especial sobe em outubro a 278,1%

Trata-se do maior nível desde junho de 1995, quando estavam em 283% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira

Por Da Redação
27 nov 2015, 11h22

A taxa média de juros do cheque especial subiu de 263,7% ao ano em setembro para 278,1% ao ano no mês passado, atingindo o maior nível em 20 anos. A taxa representa um aumento de 14,4 pontos porcentuais em relação ao patamar do mês anterior, quando estava em 263% ao ano. Trata-se do maior patamar desde junho de 1995, quando os juros atingiram 283% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira.

Em paralelo, a taxa média cobrada no cartão de crédito rotativo teve pequena queda mas, mesmo assim, continuou acima da marca de 400% ao ano. Nesta modalidade, a mais cara do mercado, a taxa média de juros ficou em 406% ao ano em outubro, contra 414% ao ano em setembro. Junto com o cheque especial, os juros do cartão de crédito rotativo são os mais caros do mercado. Devido a isso, o BC tem recomendado que os clientes bancários evitem essas linhas de crédito.

O aumento dos juros bancários segue a alta da taxa básica de juros, a Selic, fixada pelo BC. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, mas na primeira decisão dividida em mais de um ano, com dois membros votando pela alta de 0,5 ponto percentual. A falta de consenso levou o mercado a acreditar que uma nova alta na Selic virá antes do esperado, podendo ocorrer até mesmo no início de 2016, a despeito da fraca atividade econômica.

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Inadimplência e spread – Já a inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos livres subiu em outubro, alcançando o maior patamar em mais de dois anos. O movimento ocorre em meio ao cenário marcado por recessão, inflação e juros elevados, combinação que vem pressionando o bolso do consumidor e sua capacidade de pagamento. No segmento, que conta com taxas de juros definidas livremente pelas instituições financeiras, a inadimplência foi a 5%, ante 4,9% em setembro, nível mais alto desde maio de 2013 (5,1%).

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Já o spread bancário, diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final, foi a 33,3 pontos percentuais no segmento de recursos livres, recorde da série histórica iniciada em 2011. Os juros médios do mesmo segmento também renovaram o nível mais alto da série, a 47,9%, num reflexo do encarecimento generalizado dos financiamentos.

Estoque total – Em outubro, ainda segundo o BC, o estoque total de crédito no Brasil, que inclui recursos livres e direcionados, caiu 0,1% sobre setembro, a 3,157 trilhões de reais, correspondente a 54,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2015, o BC projeta crescimento de 9% no saldo total do crédito no país, ante alta de 11,3% em 2014, que já havia sido o menor ritmo de expansão desde 2007.

(Com agências)

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