IBGE espera vendas melhores de veículos em dezembro

Em novembro as vendas de automóveis e motos caíram 5% em relação a outubro, mas subiram 4,8% ante 2011

Por Da Redação
15 jan 2013, 10h40

Concessionária da Suzuki, em São Paulo (Marcelo Spatafora/VEJA)

As vendas de veículos automotores devem mostrar recuperação em dezembro, prevê o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade de automóveis e motos, partes e peças apresentou recuo de 5% na passagem de outubro para novembro, após registrar expansão de 17,6% na leitura anterior.

“A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) ia terminar no fim de outubro, mas acabou prorrogada. Então houve uma corrida em outubro para comprar automóvel antes do fim da redução do IPI e com a nova prorrogação, quem não comprou relaxou e deixou para dezembro. Acredito que em dezembro a gente tenha um desempenho das vendas próximo ao de outubro”, afirmou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Na comparação com novembro de 2011, a atividade de veículos vendeu 4,8% a mais em novembro deste ano, mas essa expansão tinha sido de 24,1% em outubro ante outubro do ano anterior. “Em outubro, a atividade de veículos tinha sido responsável por 54% da variação do varejo ampliado. Em novembro, ficou só com (uma participação de) 23%”, ressaltou Aleciana.

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A pesquisadora chamou a atenção para o comportamento errático das vendas de veículos, com alternância de resultados positivos e negativos, diante das previsões de fim da vigência da redução do IPI sucedidas por anúncios de prorrogação do benefício.

“Os veículos têm tido um comportamento inconstante por causa dessas variações, por causa (do fim) das reduções e prorrogações (do benefício) de IPI”, afirmou. Em setembro, a atividade de veículos e motos, partes e peças tinha registrado queda de 22,8% nas vendas ante agosto. Na comparação com setembro de 2011, houve retração de 9,5%.

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A partir de janeiro, o desconto do IPI para os automóveis vai ser menor. Para carros de até mil cilindradas (cuja alíquota normal é de 7%), a cobrança deixará de ser zero e passará para 2% entre janeiro e março, e para 3,5% de abril até junho. Para os carros com motores flex de mil a 2 mil cilindradas (cujo IPI normal é de 11%), a alíquota passará dos atuais 5,5% para 7% no primeiro trimestre de 2013 e chegará a 9% no trimestre seguinte. Já os automóveis com essa potência movidos a gasolina (cuja cobrança normal é de 13%), passarão de 6,5% para 8% até março e para 10% até junho.

(com Estadão Conteúdo)