Economia brasileira encolhe 0,81% no 1º tri, diz BC
Considerado uma prévia do PIB, Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) mostrou que o país teve retração de 1,07% em março
Os maus resultados da indústria e do comércio e a renda das famílias mais apertada fizeram com que a economia brasileira recuasse 0,81% no primeiro trimestre deste ano. É o que mostra o chamado Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central. A comparação é feita com os três últimos meses de 2014.
Em relação aos três primeiros meses do ano passado, a retração na atividade da economia foi de 1,98%, a pior taxa para o período desde 2009, quando o país enfrentava o impacto da maior crise financeira das últimas décadas. A taxa verificada há seis anos foi de queda de 3,89%. No ano passado, o índice ficou em 2,13%. A crise foi deflagrada no segundo semestre de 2008, mas seus efeitos passaram a ser sentidos com mais força no início do ano seguinte.
Em relação ao primeiro trimestre de 2015 ante os três meses anteriores, o porcentual de 0,81% foi o pior desde 2012, quando caiu 1,45%. Em 2014, tomando como base a mesma comparação, houve alta de 0,53%.
O resultado foi pior do que o projetado por analistas do mercado financeiro. Segundo as estimativas, o IBC-Br teria uma retração de 0,40% a 1,00% no primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre do ano passado, com ajuste sazonal. Para este confronto, a mediana projetada foi de variação negativa de 0,70%. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período de 2014, sem ajuste sazonal, as previsões são de queda de 1,10% a 1,90%, o que resultou em mediana negativa de 1,40%.
O Produto Interno Bruto é calculado a partir dos bens e serviços produzidos no país, e serve para medir o comportamento da economia. O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente no dia 29 de maio. Dois trimestres de queda consecutiva no PIB representam o que os economistas chamam de “recessão técnica”.
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(Da redação)