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Hollande e Merkel vão centralizar cúpula da União Europeia

Pela primeira vez em mais de dois anos, líderes de França e Alemanha não realizaram um encontro prévio para acertar os ponteiros

Por Da Redação
23 Maio 2012, 07h42

Holanda, Finlândia e alguns estados menores da zona do euro concordam com a Alemanha, o que deve significar uma divisão no bloco

Líderes europeus tentarão injetar ânimo em suas economias em uma cúpula nesta quarta-feira, mas diferenças sobre o lançamento de bônus da zona do euro e se eles conseguirão amenizar a crise da dívida na Europa, que já dura dois anos, vão dominar o cenário.

Pela primeira vez em mais de dois anos de reuniões sobre a crise, os líderes de França e Alemanha não realizaram um encontro prévio para acertar os ponteiros, marcando uma diferença significativa na tradicional sintonia franco-alemã.

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Em vez disso, o novo presidente francês, François Hollande, vai se reunir com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, em Paris para conversar, antes de ambos viajaram a Bruxelas para a cúpula às 15h (horário de Brasília).

Apesar dos temores de que a Grécia possa deixar o bloco de moeda comum, a Espanha, que tem a economia em recessão e o sistema bancário precisando de uma ampla reformulação, é o ponto principal da crise, com preocupações de que o país possa seguir Grécia, Irlanda e Portugal e precisar de um resgate internacional.

A vitória de Hollande nas eleições deste mês representaram uma mudança importante no debate dentro da Europa. Sua posição favorável a uma ênfase no crescimento em vez da austeridade agora ecoam entre outros líderes que lutam para combater a crise.

A posição é contrária à da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, que apoia o crescimento mas tem como objetivo principal a austeridade fiscal e reformas estruturais. Enquanto com Sarkozy ela compartilhava das mesmas posições, agora com Hollande Merkel se depara com alguém de opiniões diferentes.

Estreia – Hollande, que participará de sua primeira cúpula da União Europeia (EU), também decidiu apoiar os bônus do euro, apesar da consistente oposição da Alemanha a uma sugestão que tem sido amplamente debatida há mais de dois anos.

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O francês terá o apoio do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, entre outros líderes. Mas Merkel não dá sinais de que abandonará sua objeção à proposta, que ela afirma só poder ser discutida quando houver uma união fiscal muito mais próxima na Europa.

Divisão – Holanda, Finlândia e alguns estados menores da zona do euro concordam com a Alemanha, o que deve significar uma divisão entre dois grupos de lados opostos na reunião. O chanceler austríaco apoia a linha de Hollande, mas seu ministro das Finanças defende Merkel.

“(Bônus europeu) são a receita errada em um momento errado com os efeitos colaterais errados”, disse o vice-ministro das Finanças alemão, Steffen Kampeter, nesta semana, destacando a posição de Berlim.

(Com agência Reuters)

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