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Graça suaviza críticas à gestão de Gabrielli na Petrobras

Segundo a presidente, ela é também responsável pelos passos errados dados pela empresa nos últimos anos

Por Da Redação
13 jul 2012, 14h45

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, decidiu colocar um ponto final nos comentários sobre críticas feitas por ela à gestão anterior, de José Sérgio Gabrielli. Durante uma série de eventos na Bahia, Graça aproveitou o encontro para afirmar que também é responsável pelos passos errados dados pela empresa. Questionada sobre o tema, a executiva destacou que foi diretora de Gás e Energia da Petrobras durante quatro anos e meio e por isso participou de todas as decisões feitas pela empresa nesse período. “Sou parte responsável por tudo que saiu de errado ou que poderia ter saído melhor dentro da Petrobras”, afirmou.

Quando anunciou o Plano de Negócios da empresa para 2012-2016, em meados de junho, Graça criticou a gestão anterior da empresa e afirmou que a Petrobras acumulava anos de ineficiência e metas não cumpridas. A opinião da presidente, inclusive, é compartilhada por Dilma Rousseff, que manteve o executivo no cargo ao longo de 2011 apenas para agradar Lula. Atualmente, Gabrielli é secretário de Planejamento do Estado da Bahia.

Venda de ativos – Graça disse ainda que a Petrobras não venderá ativos por valores inferiores aos considerados justos. “Se a proposta não atender nossas necessidades agora, não vamos vender”, afirmou a executiva. “Não vou vender ativo para colocar dentro da empresa um valor menor do que entendemos ser o valor de mercado (do ativo)”, complementou.

A executiva, entretanto, afirmou que a proposta da companhia de captar 14,8 bilhões de dólares com a venda de ativos até 2016 permanece inalterada.

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Da mesma forma, Graça disse que os planos de investimento da Petrobras apresentados há um mês não representam uma mudança em relação ao de 2011-2015, feito pela gestão José Sergio Gabrielli. “Não há nenhuma mudança de projeto, nenhum projeto novo e nenhum projeto foi cortado”, afirmou ela, em entrevista à imprensa ao lado de Gabrielli.

A executiva também destacou que o salto dos custos das refinarias, tema abordado por ela em diversas oportunidades no mês passado, é explicado pelo pouco conhecimento da companhia em relação a esses projetos. “A última refinaria construída pela Petrobras é da década de 80, e esse projeto nem era nosso”, complementou.

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Novas sondas – Graças disse ainda que a estatal e a Sete Brasil, empresa que tem a própria Petrobras entre os acionistas, assinarão na próxima semana o contrato com a Brasfels para a construção de seis sondas. Os equipamentos serão construídos em Angra dos Reis (RJ) e fazem parte de um programa de compra de sondas pela estatal, no total de 21 contratadas junto à Sete Brasil. “Vamos marcar em cima para que a entrega ocorra no prazo”, afirmou.

A Petrobras e a Sete Brasil também devem assinar em um prazo de até 30 dias o acordo para contratação de sondas junto ao Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), em construção na Bahia, cuja pedra fundamental foi lançada nesta sexta-feira. Além disso, a estatal deve contratar outras cinco sondas junto à Ocean Rig, termo ainda em discussão entre as partes, segundo Graça Foster.

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Durante coletiva de imprensa realizada na Bahia, a executiva também afirmou que o terminal de regaseificação a ser instalado no Estado, o terceiro do tipo no Brasil, entrará em operação em setembro de 2013. O prazo representa um atraso de quatro meses em relação à expectativa anterior, de maio de 2013.

No mesmo evento a executiva foi econômica nos comentários sobre o reajuste de 6% do diesel anunciado na quinta-feira pela companhia. Dizendo-se curiosa sobre qual teria sido o impacto do reajuste nas ações da Petrobras, Graça afirmou que o aumento era “bom, muito bom”, após saber que as ações chegaram a subir mais de 5% nesta sexta-feira.

Ela lembrou que o anúncio foi antecedido por reajustes nos preços da gasolina (7,83%) e do óleo combustível (10%), além de um aumento anterior de 3,94% no próprio diesel.

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Diretoria e trabalhadores – Graça Foster também revelou que a diretoria da Petrobras deve se reunir novamente com representantes dos trabalhadores para discutir as condições de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2011. O encontro ocorrerá no dia 17. A executiva, entretanto, não informou se a empresa apresentará uma nova proposta. Perguntada sobre o assunto, Graça afirmou que será “mais uma conversa”.

A Petrobras propôs aos trabalhadores uma redução de 7,8% no valor da PLR a ser pago este ano, variação baseada na queda do lucro líquido registrado pela estatal em 2011. Os trabalhadores, por sua vez, defendem que a estatal reajuste o valor em 2,3%, número baseado no aumento do valor pago pela Petrobras aos detentores de dividendos.

Os trabalhadores, liderados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), cogitam iniciar uma greve geral em 20 de julho.

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(Com Agência Estado)

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