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Governo corta ‘cordão umbilical’ com setor automotivo e quer indústria mais competitiva

Segundo jornal, a nova equipe econômica de Dilma já sinalizou que não dará mais incentivos fiscais às montadoras

Por Da Redação
16 jan 2015, 10h25

A nova equipe econômica de Dilma Rousseff parece não estar com medo de dizer ‘não’. Depois de anos ajudando com incentivos fiscais a indústria automobilística nacional, o governo já sinalizou que a torneira secou. Segundo o jornal Valor Econômico, não haverá mais socorro às montadoras. Nem mesmo a notícia de que o setor demitiu 12,4 mil trabalhadores no ano passado comoveu a nova equipe, liderada por Joaquim Levy no ministério da Fazenda. A decisão foi tomada dentro do plano de Levy de sanar o rombo fiscal nas contas públicas via fim de subsídios e possível aumento de impostos.

Ainda é cedo para saber se a postura adotada neste início de ano vai perdurar muito tempo, mas o governo já começou a agir nesse sentido. No setor elétrico, já anunciou que não dará um centavo este ano às distribuidoras, que precisarão compensar o aumento de custos via reajuste e revisão tarifárias. Também interrompeu as transferências de recursos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), muito usado no primeiro mandato de Dilma para dar estímulos a setores, ao cobrar juros menores de financiamentos.

No setor automotivo, o governo já voltou a cobrar a alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) que, por alguns anos, foi menor. Um ministro, que falou em condição de anonimato ao Valor Econômico, disse que “o que a indústria precisa é se expor mais” à concorrência externa, melhorar a competitividade, buscar novos mercados e exportar mais. Se não voltar atrás na decisão de cortar o ‘cordão umbilical’ com a indústria, o governo vai dar um importante sinal ao mercado de que seu compromisso com o lado fiscal é sério, mesmo que isso prejudique o mercado de trabalho do país.

Nesta sexta-feira, depois de 10 dias parados, os funcionários da Volkswagen voltaram ao trabalho. Eles chegaram a um acordo com representantes da montadora, que irá readmitir os 800 trabalhadores demitidos no início do ano, mas implantará um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir despesas.

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