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Gasto de brasileiros no exterior é o 2º maior da história

Em outubro, despesas de turistas no exterior somaram 2,08 bi de dólares. Valor é o segundo maior recorde da história e só perde para julho de 2011

Por Da Redação
22 nov 2012, 14h44

Apesar do dólar em constante alta, o gasto dos turistas brasileiros no exterior teve seu segundo melhor mês da história em outubro. De acordo com a nota do setor externo divulgada nesta quarta-feira pelo Banco Central, as despesas de brasileiros no exterior somaram 2,08 bilhões de dólares em outubro deste ano. Trata-se de um aumento de 20,6% em relação ao resultado de 2011 e o segundo maior resultado da série histórica do BC, perdendo apenas para julho de 2011, quando os brasileiros gastaram 2.234 bilhões de dólares com viagens internacionais.

No acumulado do ano, o resultado é recorde: 18,425 bilhões de dólares gastos no exterior nos dez primeiros meses de 2012 ante 17,911 bilhões de dólares no mesmo período de 2011. O saldo líquido com viagens internacionais – a diferença entre o gasto dos brasileiros e dos estrangeiros no Brasil – ficou negativo em 1,536 bilhão de dólares, ante 1,215 bilhão de dólares registrados em outubro de 2011.

Empresas – As remessas de lucros e dividendos feitas pelas empresas estrangeiras com sede no Brasil somaram 2,355 bilhões de dólares em outubro, disse o BC. No acumulado do ano até o mês passado, as remessas chegaram a 17,706 bilhões de dólares. O resultado está abaixo dos 29,218 bilhões de dólares registrados em igual período de 2011.

O BC informou também que as despesas com juros externos totalizaram 1,075 bilhão de dólares em outubro e 8,623 bilhões de dólares nos primeiros dez meses do ano. Neste mesmo período do ano passado, o gasto com juros foi de 9,719 bilhões de dólares.

Déficit – O resultado do setor externo também mostrou que o déficit em transações correntes somou 5,4 bilhões dólares em outubro e 39,6 bilhões de dólares no ano, até outubro, patamar ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período de 2011, 39,8 bilhões de dólares.

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Nos doze meses encerrados em outubro, as transações correntes acumularam déficit de 52,2 bilhões de dólares, equivalente a 2,3% do PIB. A conta financeira registrou superávit de 5,8 bilhões de dólares no mês e o balanço de pagamentos apresentou superávit de 468 milhões de dólares em outubro.

Investimento estrangeiro direto – O ingresso líquido de IED atingiu 7,7 bilhões de dólares em outubro, composto por 6,9 bilhões de dólares na modalidade participação no capital e 843 milhões de dólares em desembolsos líquidos de empréstimos em empresas. Em doze meses, até outubro, os ingressos líquidos de IED somaram 66 bilhões de dólares, equivalentes 2,9% do PIB.

Dívida externa – O BC informou que a posição estimada da dívida externa total referente a outubro totalizou 308,5 bilhões de dólares, decréscimo de 160 milhões dólares em relação ao montante estimado para setembro.

A dívida externa de longo prazo atingiu 271,9 bilhões de dólares, contração de 144 milhões de dólares, enquanto o estoque de curto prazo manteve-se em patamar semelhante, somando 36,6 bilhões de dólares.

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As reservas internacionais chegaram a 377,8 bilhões de dólares em outubro, redução de 973 milhões de dólares em relação ao estoque do mês anterior.

Perspectiva – O executivo do BC prevê também que a projeção de 60 bilhões de dólares de fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para o país em 2012 deverá ser superada. Até outubro, o saldo é de 55,3 bilhões de dólares e o BC prevê mais 3 bilhões de dólares em novembro. Segundo ele, o BC ainda não tem projeções para 2013, mas a tendência é de que o fluxo de IED permaneça elevado.

Rocha também admitiu que a retomada da atividade econômica deve levar a um aumento do déficit em conta corrente em valores nominais. Mas ele ponderou que o Produto Interno Bruto (PIB) vai aumentar e, com isso, elevar o denominador da relação entre déficit em conta corrente e PIB. “Não há evidência clara da trajetória da relação entre o saldo das transações correntes e o PIB”, afirmou.

(com Estadão Conteúdo)

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