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G20: Países querem reunir fundo de US$ 2 tri até abril

Debates do G20 estão avançando no sentido de aprovar um segundo fundo de resgate global no valor de dois trilhões de dólares na próxima reunião do grupo

Por Da Redação
26 fev 2012, 17h03

As principais economias do mundo, entre desenvolvidas e emergentes, reunidas na Cidade do México para o encontro dos ministros das finanças do G20, trabalharam neste domingo para alinhar um acordo que diponibilize, em abril, 2 trilhões de dólares para o combate à crise europeia – e para impedir que seus efeitos se alastrem.

Isso significa, na prática, aumentar em um terço o montante de recursos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e dobrar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI). O MEE, que contaria a partir de julho com 750 bilhões de dólares, se vê ampliado, segundo a proposta, para 1 trilhão de dólares. O FMI também passaria a dispor de 1 trilhão de dólares para empréstimos, graças a novos aportes de seus países membros.

As propostas apresentadas defendem a reunião de recursos internacionais até o final de abril – quando acontece a próxima reunião do G20. Se o fato se concretizar, seria o mais ousado esforço de resgate desde 2008, quando o grupo reuniu 1 trilhão de dólares para ajudar a economia mundial.

Uma surpresa nesse debate foi o posicionamento da Alemanha, que acatou, ainda que com ressalvas, a ideia de fortaler o MEE. O país sempre relutou em aumentar recursos para as nações em crise, alegando que isso prejudicaria os esforços para impor a disciplina fiscal entre eles.

Segundo o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, se os mercados financeiros continuarem a melhorar, Berlim irá rever a necessidade do financiamento extra. “Falemos claramente”, disse Schäuble. “Não há sentido em injetar dinheiro continuamente em fundos de estabilidade, nem em acionar as prensas de dinheiro do Banco Central Europeu.”

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Quanto à ampliação de reservas do Fundo Monetário Internacional, o ministro das Finanças britânico, George Osborne, disse que não haveria recursos adicionais para o FMI até que os países da zona do euro reforcem ações para impedir o contágio interno. “Estamos preparados para aumentar os recursos do FMI, mas depois de vermos a cor do dinheiro da zona do euro que ainda não vimos”, disse ele.

Representado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, o Brasil defendeu tese semelhante. Mas, além de dizer que a Europa tem de fazer sua parte, o Brasil manobra para conquistar maior poder na gestão FMI.

Crescimento moderado em 2012 – Os participantes do G20 acreditam que a economia global ainda sofre ameaças. A alta nos preços do petróleo, condicionada por confrontos geopolíticos no Irã, por exemplo, deve constar do comunicado final como ameaça para 2012. A expectativa é de crescimento moderado neste ano. “Problemas estruturais, equilíbrio global insuficiente, altos níveis de endividamento público e privado e incerteza continuam pesando sobre perspectivas de médio prazo de crescimento global”, disse um dos participantes do encontro.

(Com Reuters)

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