Fitch ameaça rebaixar a nota de crédito da gestora do BTG
Agência de rating pôs a BTG Pactual Asset Management sob perspectiva negativa, passo que costuma anteceder o corte da avaliação
A agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou o rating da BTG Pactual Asset Management DTVM S.A. em perspectiva negativa. A decisão foi anunciada depois da prisão do ex-presidente (CEO) do Banco BTG Pactual, André Esteves. Desde 11 de agosto, o rating da asset era “mais alto padrão”, baseado na forte plataforma de gestão de investimentos e em sua estrutura operacional.
Conforme a Fitch, a observação negativa reflete os riscos de possíveis impactos da redução dos ativos sob gestão sobre os negócios da BTG Pactual Asset como resultado da prisão do executivo. No último dia 26, a agência fez a mesma coisa com o rating do banco e de suas subsidiárias. Atualmente, o rating de longo prazo em moeda estrangeira da Fitch para o BTG é “BBB-“, com perspectiva negativa. É a mesma nota dada ao Brasil pela agência.
A Fitch ainda informa que poderá rebaixar o rating de gestora de recursos se “a situação atual comprometer o perfil financeiro da sua empresa controladora, causar diminuição severa dos ativos sob sua gestão ou impactar sua franquia de negócios, resultando em deterioração material de seu perfil financeiro ou de sua capacidade de continuar desempenhando suas atividades de forma adequada.” “Uma perda significativa da equipe de investimento, que impacte negativamente a capacidade de gestão de recursos da BTG Pactual Asset, também pode resultar em rebaixamento”, destacou a Fitch.
Por outro lado, a Fitch explica que a observação negativa pode ser removida para uma perspectiva estável se a asset “exibir resiliência e a gestora for capaz de manter relativa estabilidade dos recursos sob gestão e rentabilidade.” “O rating da BTG Pactual Asset pode ser sensível a mudanças adversas relevantes em quaisquer dos principais fundamentos do rating, principalmente se houver enfraquecimento de seu perfil financeiro, grande rotatividade de profissionais ou deterioração de processos e políticas”, esclareceu.
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(Com Estadão Conteúdo)