A BM&FBovespa informou que o banqueiro André Esteves, preso desde a última quarta-feira em um desdobramento da operação Lava Jato, renunciou ao cargo de conselheiro de administração da companhia. O comunicado sobre sua saída foi divulgado nesta segunda-feira.
Esteves, que também renunciou a todos seus cargos no banco BTG Pactual, havia sido eleito para a integrar o conselho da BM&FBovespa em assembleia realizada em 30 de março. Seu mandato duraria até agosto de 2017.
A BM&FBovespa disse que seu conselho de administração se reunirá “oportunamente” para indicar um substituto até a próxima assembleia geral, quando deverá ser eleito novo conselheiro para completar o mandato. O conselho da BM&FBovespa tem mais dez membros e é presidido por Pedro Parente.
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Na semana passada, após a prisão de Esteves, a BM&FBovespa havia afirmado que a ausência do banqueiro do conselho da companhia não afetava o funcionamento regular dos negócios e dos órgãos de governança da empresa. No domingo, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e transformou a prisão temporária de Esteves – que era presidente-executivo e também do conselho do BTG Pactual e da BTG Pactual Participations – em preventiva. Isso o mantém preso por tempo indeterminado.
Procuradores se preparam para formalizar acusações contra o banqueiro por suposto envolvimento no escândalo de corrupção investigado pela Lava Jato.
A companhia de investimentos em imóveis comerciais BR Properties também tem Esteves como membro de seu conselho, no cargo de presidente. Na quinta-feira, quando a prisão do banqueiro ainda era temporária, a companhia disse que havia decidido naquele momento mantê-lo no cargo.
(Com Reuters)