EUA podem entrar em default em breve, diz secretário do Tesouro
O país deve decidir até o final desta semana qual será o novo limite de endividamento; teto para empréstimos de US$ 16,7 trilhões vence no dia 7
A administração Obama alertou nesta segunda-feira que o pesadelo do ‘default’ recomeçou. Segundo o secretário do Tesouro dos Estados Unidos Jacob Jew, o calote no pagamento das dívidas do governo poderá ocorrer “num futuro muito próximo”. Até o final desta semana, o país deve restabelecer um limite para seu endividamento.
De acordo com Lew, o governo pode usar manobras contábeis para estender o limite até o final de fevereiro. Contudo, Lew alertou que, quando as medidas forem esgotadas, o dinheiro remanescente vai ser gasto mais rapidamente do que em outros momentos do ano, pois o Tesouro vai emitir restituições fiscais. “Sem a autoridade para tomar empréstimos, em algum momento muito próximo não será mais possível atender todas as obrigações do governo federal”, disse Lew em um evento do Bipartisan Policy Center.
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O teto da dívida tem sido uma fonte regular de atrito em Washington. O Congresso tem debatido sobre como colocar as finanças do país numa trilha mais estável.
Em outubro, o Congresso e o Executivo acertaram um limite para os empréstimos de 16,7 trilhões de dólares até 7 de fevereiro. Se o teto da dívida não for elevado até lá, o Tesouro pode remanejar recursos das diferentes contas do governo por algumas semanas para manter a dívida sob o novo limite.
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(com agência Reuters)