Janet Yellen toma posse como presidente do Fed
A economista é a primeira mulher a ocupar o mais elevado cargo do Banco Central dos Estados Unidos
Janet Yellen foi empossada nesta segunda-feira como presidente do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed). Yellen vai suceder Ben Bernanke e se tornará a primeira mulher a comandar o Fed.
O mandato da nova dirigente acabará em 3 de fevereiro de 2018. Em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira foi realizado um juramento, conduzido pelo diretor Daniel Tarullo, segundo o Fed.
Após a posse, a economista prestará esclarecimentos ao Congresso dos Estados Unidos nos dias 11 e 13 de fevereiro, quando deverá fazer seus primeiros comentários públicos sobre a política monetária e o estado da economia depois.
Yellen deve quebrar um silêncio que já dura quase três meses ao participar das audiências semestrais no Congresso sobre política monetária. A última vez em que fez comentários públicos foi durante sua sabatina no Senado em 14 de novembro. A reunião ocorreu antes de o Fed decidir começar a reduzir seus estímulos monetários.
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Popularidade – Nesta segunda, o instituto Gallup divulgou uma pesquisa sobre a popularidade do então presidente do Fed, Ben Bernanke. De acordo com o levantamento, o povo norte-americano está dividido em relação ao desempenho de Bernanke em seus oito anos no comando do Fed. O levantamento mostra que 40% aprovam e 35% desaprovam a atuação dele no cargo, enquanto um em cada quatro entrevistados não tinha opinião formada.
Seu antecessor, Alan Greenspan, deixou o cargo com mais popularidade em 2006, com uma taxa de aprovação de 65%, enquanto somente 21% dos entrevistados não aprovaram seu desempenho e 14% não tinham uma opinião.
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Além disso, enquanto Greenspan saiu com a aprovação dos republicanos, o mesmo não pode ser dito de Bernanke. Apesar de ter sido nomeado por um presidente republicano e renomeado por um democrata, a aprovação de Bernanke entre os cidadãos republicanos ficou em 28%. Já entre os democratas, 59% o aprovam.
Os dados foram colhidos entre os dias 25 e 26 de janeiro, pouco antes do último dia de Bernanke à frente do Fed, na última sexta-feira. O instituto entrevistou 1.020 norte-americanos e a pesquisa tem margem de erro de 4%.
(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)