Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Eletrobras entra na Justiça contra greve de empregados

O objetivo é encerrar a paralisação por tempo indeterminado

Por Da Redação
23 jul 2013, 19h58

O grupo Eletrobras ingressou na noite desta segunda-feira na Justiça, em Brasília, com uma proposta de dissídio para o acordo coletivo 2013/2014. O objetivo da ação é encerrar a greve por um tempo indeterminado, iniciada pelos empregados na segunda-feira da semana passada. Apesar de confirmar o procedimento, a estatal não entrou em detalhes sobre a ação. Os sindicatos estimam que entre 80% e 90% dos 28 mil funcionários da Eletrobras tenham aderido à paralisação.

A judicialização da greve era esperada pelos sindicatos de trabalhadores ligados à holding e suas subsidiárias. A administração da estatal havia dito às entidades, em reunião na última sexta-feira, que poderia solicitar à Justiça do Trabalho a decretação do caráter abusivo da greve. “Com base em quais argumentos eles iriam pedir isso, nós não sabemos”, afirmou o diretor de Negociações Coletivas do Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Gunter de Moura Angelkorte. O sindicalista afirmou que todos os serviços essenciais da Eletrobras estão sendo mantidos, inclusive os da esfera administrativa. “Não está faltando energia no país e os sindicatos discutiram previamente a lista de serviços essenciais, inclusive os burocráticos. Não queríamos que a empresa fosse multada por deixar de pagar um imposto ou cumprir compromissos”, explicou.

Leia ainda: Greve atinge 90% do sistema Eletrobras, estima Aeel

Eletrobras contrai dívida bilionária para pagar dividendos à União

Embora desconheça os termos propostos pela Eletrobras, Angelkorte não acredita que a companhia tenha melhorado sua oferta. O diretor do Senge disse que ocorrerá na quarta-feira, em Brasília, uma reunião do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) para discutir uma estratégia diante da judicialização da greve promovida pela estatal. Angelkorte explicou que a Justiça não tem o poder de determinar que os trabalhadores aceitem a oferta apresentada pela empresa. “A lei diz que a aprovação do acordo coletivo depende da anuência das duas partes.” O sindicalista também lembrou que a súmula 277/12, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determina que, se não houver um acordo entre as partes, valeriam as condições do acordo coletivo do ano anterior.

Na última sexta-feira, as negociações emperraram novamente após a estatal retirar de negociação sua nova proposta. Na ocasião, o diretor-presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e o diretor de Administração da estatal, Miguel Colasuonno, negociaram reajuste salarial que traria um ganho real aos trabalhadores, mas que teria de valer por dois anos. Os sindicatos não aceitaram e apresentaram uma contraproposta, que foi recusada pela Eletrobras. Os sindicatos pleiteiam um reajuste salarial de 11,18%, sendo 6,88 pontos porcentuais relativos ao índice de inflação calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e 4,3 pontos porcentuais relativos ao crescimento médio do consumo residencial de energia elétrica nos últimos meses.

Leia também:

Leilão de transmissão de energia teve poucos interessados

BNDES vai financiar o capital de giro da Eletrobras

(com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.